Sex, 22/05/2009 - 08:25
João Ferrão considera que os municípios têm de avançar com medidas estratégicas neste sector e não esperar a criação das regiões administrativas.
“A questão da coesão territorial vai para além da regionalização” afirma o governante salientando que “a regionalização corresponde à componente administrativa e através dela consegue-se que as regiões sejam mais coesas”.
O autarca de Mirandela concorda com aquele membro do Governo quando afirma que tem de existir uma estratégia e um desígnio comum nesta área. “Os programas comunitários existentes são de grande dimensão e por isso ou temos esse desígnio, ou não temos nada” refere.
José Silvano está convicto que isso vai ser possível na recém criada comunidade intermunicipal de Trás-os-Montes e reitera que Mirandela terá um papel importante nessa matéria. “Nesta nova reorganização do território pode fazer com que Mirandela tenha um protagonismos regional” acrescenta.
No entanto, o presidente da comissão científica desta festa da geografia, considera que existe um défice de cooperação entre o poder e os geógrafos na questão do ordenamento do território.
Diogo Abreu, director do Centro de Estudos Geógrafos da Universidade de Lisboa, considera que a regionalização é fundamental para a coesão territorial. “Geralmente os geógrafos não têm grande aptência para discussão pública mas a região está sempre lá e ás vezes nós esquecemos isso” admite o responsável.
Foram as primeiras ideias avançadas na abertura da terceira edição da festa da geografia que decorre, em Mirandela, até domingo.
Escrito por CIR