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Município de Alfândega da Fé disponibiliza apoio a produtores agropecuários

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Qua, 28/02/2018 - 10:31


O município de Alfândega da Fé vai apoiar os pastores daquele concelho afectados pela seca. Uma ajuda que, no total, pode chegar aos 15 mil euros em alimentação para os animais, como refere Eduardo Tavares, Vice-Presidente do Município de Alfândega.

“É um apoio para os produtores agro-pecuários de pequenos ruminantes, uma vez que têm uma expressão maior no concelho de Alfândega da Fé. Estamos a falar de 123 produtores com o total de um efectivo de 8244 cabeças e este é um assunto que temos vindo a discutir em reunião de Câmara já há alguns meses. O ano passado tivemos a seca extrema, no início do inverno estávamos com expectativas de que a época colmatasse esta situação e fomos aguardando mais algum tempo para vermos a evolução do inverno mas a verdade é que, infelizmente, este não está a resolver o assunto e não está a chover”, refere.

E os contemplados serão aqueles a quem a falta de chuva tem trazido maior prejuízo.

“O Município definiu alguns critérios que discriminam positivamente os produtores mais fragilizados e expostos a estas dificuldades. Aqueles que tenham menos rendimentos, que produzem e trabalham raças autóctones, que sabemos, são mais difíceis e menos produtivas e têm necessidade também de fazer o pastoreio de percurso e aqui há também mais dificuldades nestas situações e também tendo em conta a dependência que estes agricultores têm com as terras, ou seja, aqueles com menos área/ menos terras, têm ainda mais dificuldades pois têm menos área para pastos naturais”, destaca.

Este apoio vai começar a ser distribuído já no próximo mês de Março e os interessados devem candidatar-se no Gabinete de Apoio ao Produtor da Câmara Municipal de Alfândega da Fé até dia 19 de Março de 2018.

Outro dos sectores afectado pela seca tem sido o apícola.

André Vaz, presidente da Associação de Apicultores da Serra de Montemé – A Seita da Abelha, de Macedo de Cavaleiros, diz que, em alguns casos, o prejuízo é já superior ao lucro.

Além da seca, também os incêndios deixaram rasto na produção de mel.

O próprio presidente daquela associação de apicultores foi um dos lesados com 97 colónias de abelhas destruídas pelas chamas, o que, fora outras perdas no apiário, deixou um prejuízo na ordem dos 50 mil euros.

Do Governo não recebeu qualquer apoio financeiro, pois, considera, são medidas que além de insuficientes, estão desajustadas à realidade do país e, por isso, têm de ser revistas.

As preocupações dos apicultores em relação ao sector que está a sofrer com os efeitos da seca e dos incêndios. Escrito por Onda Livre (CIR).