Seg, 09/03/2015 - 10:35
O Partido Socialista homenageou 12 mulheres, uma por cada concelho, pelo seu trabalho desenvolvido em várias áreas da sociedade, num almoço que juntou cerca de 500 mulheres.Uma delas foi a eurodeputada Ana Gomes que sublinhou que é necessário que para que haja progresso é necessário que mais mulheres assumam lugares de direcção.“Têm que perceber que as nossas sociedades só são verdadeiramente democráticas e só se desenvolvem, só se aproveitam devidamente os talentos de todos, se aproveitarem as capacidades das mulheres e as puserem em lugares de direcção, a todos os níveis: nas empresas, nas instituições, na política… Precisamos de mais mulheres na direcção para compensar a testosterona fora de controlo que há por aí e que explica, por exemplo, a crise económica e financeira”, considera a eurodeputada. Já no sábado à noite, a União de Freguesias da Sé, Santa Maria e Meixedo, em Bragança, organizou um jantar de comemoração do Dia da Mulher onde também puderam participar homens e que juntou mais de 200 pessoas. Nesta iniciativa foram homenageadas três mulheres que se destacaram pelo seu trabalho na área política, de educação e área social. Alice Borges, Maria do Amparo Alves e Eduarda Siza Vieira consideram que ainda há muito por fazer na questão da igualdade das mulheres. “Para além de trabalhar, somos mães e donas de casa. O homem desempenha um papel cada vez mais igualitário mas o nosso modelo ainda assenta muito no papel que a mulher tem. Há determinadas funções que só são da mulher e aí é complicado exercer cargos políticos porque eles consomem muito tempo”, sublinha Alice Borges. Ontem foi ainda analisado o papel da mulher na agricultura e no desenvolvimento rural e sustentável, no Teatro Municipal de Bragança. Estava prevista a presença da Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, que acabou por ser substituída pelo secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito. O representante do governo frisou a necessidade de existirem mais mulheres empreendedoras na área da Agricultura.“O número de jovens agricultoras está a crescer, são cerca de 40 por cento do total, o que ainda não é satisfatório. Mas temos hoje mais técnicas e isso é um bom sinal, de que a actividade profissional da agricultura está a reconhecer cada vez mais o papel que a mulher tem. Eu acho que esse papel sempre foi reconhecido, a mulher é um motor, um dínamo da actividade agrícola, temos é que o reverter para a capacidade de decisão e exposição pública que a mulher merece”, salienta o secretário de Estado. O número de mulheres a investir na Agricultura tem vindo, no entanto, a aumentar, nos últimos anos. Na região Norte cerca de 37 por cento das candidaturas ao PRODER, Programa de Desenvolvimento Rural, são apresentadas por mulheres. Escrito por Brigantia.