Menos alunos e livros mais caros no arranque do ano lectivo

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Qui, 10/09/2009 - 11:08


Arranca hoje o ano lectivo para muitas escolas do distrito de Bragança, mas com menos alunos nas salas de aula.  

Segundo o coordenador da equipa de apoio às escolas do Nordeste e Terra Fria, Alcídio Castanheira, este ano entraram menos cem crianças nas escolas do Ensino Básico do distrito, apesar de ter havido um aumento de alunos devido aos programas de Novas Oportunidades.

 “As escolas têm mais alunos mas menos do primeiro ciclo a entrar. Há mais alunos devido aos programas Novas Oportunidades mas ao que às crianças diz respeito, temos menos cem alunos a entrar para a escola este ano”, revela.

Esta diminuição nota-se também no ensino pré-primário já que, segundo Alcídio Castanheira, fecharam três jardins-de-infância, todos no concelho de Macedo de Cavaleiros, devido à falta de alunos.

 Mas a abertura do ano escolar está também a ser marcado por novos edifícios. Até ao final do primeiro período devem abrir novos agrupamentos escolares.

“Em Bragança temos dois em construção, dois já concluídos e outros no distrito já em construção. Nas escolas secundárias, temos três em intervenção. Na Abade de Baçal, em Bragança, já começaram as obras. A escola secundária de Mirandela e a Emídio Garcia, em Bragança, vão começar as obras dentro em breve.”

 As restantes obras devem começar ainda durante este ano lectivo.

Entre hoje e 15 de Setembro todas as escolas têm de dar início às actividades. A escola Secundária Emídio Garcia, em Bragança, é uma das primeiras a abrir as portas. Esta tarde realiza-se a cerimónia de recepção aos alunos, com as aulas a começarem verdadeiramente na próxima segunda-feira.

 Carlos Fernandes, subdirector da escola secundária Emídio Garcia, garante que está tudo a postos, incluindo o plano de contingência da gripe A, que já foi aprovado pelo ministério da Educação e será hoje apresentado a alunos e pais por técnicas do centro de saúde e do projecto Educação e Saúde da escola.

“Haverá um difusor para cada duas salas. Também há um organigrama que explica a quem os alunos se devem dirigir em caso de problema e uma sala para onde os alunos deverão ser encaminhados, para além de um percurso facilitado até ao centro de saúde.”

 Ontem ainda havia mães que não tinham feito todas as compras nas livrarias e papelarias de Bragança.

“Já fiz as compras quase todas”, revela Julieta Guerra, que já nota “um bocadinho” o aumento do preço dos livros.

 

Já Luisa Rodrigues revela que costuma fazer as compras pela internet, porque é mais barato e rápido, mas que já notou um aumento de cerca de 20 euros numa despesa que chega aos 250 euros no total. Luísa Rodrigues confessa ainda sentir-se “preocupada” com a gripe A.

 

Já os livreiros apontam a época de crise e o aumento dos preços como inimigos do negócio.

 

“Penso que as pessoas ainda não têm dinheiro para vir buscar os livros”, sublinha Fernanda Silva, que assegura que a subida dos preços dos livros não excedeu os dois por cento. Mas Casimiro Fernandes revela que “se os livros fossem mais baratos também era melhor” para os próprios livreiros. Da crise queixa-se também Cristina Ochoa.

 

E depois de um ano marcado pela saída à rua de milhares de professores, neste ano lectivo que hoje começa a luta está já prometida, pelo menos pelo Sindicato de Professores do Norte.

 

“A colocação imediata é a colocação de 117 professores que ainda não estão colocados”, garante José Domingues, que aponta ainda “a revisão do estatuto da carreira docente”, nomeadamente quanto à separação entre “professores e professores titulares”. Mas também a “avaliação de desempenho dos professores.”

   Declarações de José Domingues, dirigente do SPN.Sobre esta matéria, Alcídio Castanheira acredita que até ao dia 31 de Dezembro, todos os docentes estarão colocados. Escrito por Brigantia