Mariana Mortágua esteve em Miranda do Douro para relembrar pagamento dos impostos das barragens

PUB.

Ter, 20/02/2024 - 15:55


Mariana Mortágua esteve, esta manhã, em Miranda do Douro

A líder do Bloco de Esquerda esteve reunida com o executivo municipal e o Movimento Cultural Terras de Miranda para, mais uma vez, lembrar o pagamento dos impostos das barragens que a EDP deve aos municípios. “As receitas desses impostos pertencem a esta terra. São receitas do IMI, do Imposto de Selo, que não foram pagas, num negócio milionário que aconteceu há anos. Nós não desistimos, persistimos, a EDP vai ter que pagar os seus impostos, assim como o IMI de todas as barragens, que agora conquistado esse direito, há uma disputa sobre qual o valor da avaliação. É uma permanente disputa com a EDP, uma permanente guerra para que a EDP pague a este território, às autarquias, ao povo, o dinheiro que deve”, vincou.

Em causa está o não pagamento de impostos, como IMI, IMT e Imposto de Selo, da venda das seis barragens transmontanas da EDP à Engie. Um negócio de 2,2 mil milhões de euros. Os municípios reclamam 400 milhões. Mariana Mortágua afirma que não pode haver privilégios. “Não podemos aceitar um regime de privilégio, em que grandes empresas, com tanto poder, possam não pagar os seus impostos e depois as populações e o Interior são deixados ao abandono, com os seus recursos a serem explorados, mas sem o retorno por essa exploração de recursos”, referiu.

A bloquista disse ainda que é preciso apoiar Miranda do Douro, para que o Mirandês, segunda língua oficial portuguesa, não morra. “O Interior, e em particular a Terra de Miranda, precisa de apoio e o apoio também é para a manutenção e protecção o Mirandês, que é uma língua importante que, em 30 anos se não for protegida, pode morrer enquanto língua fala. É um território nacional que tem que ser protegido”, afirmou.

Declarações de Mariana Mortágua, esta manhã, em Miranda do Douro. 

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Ângela Pais