Qua, 30/04/2025 - 17:16
O certame começou esta tarde na Praça Camões. Esta é já a trigésima sétima edição. Grande parte dos mestres é da região:
“Cerâmica feita à mão, feita por mim, pintada por mim. Dá imenso trabalho. Vão muitas peças ao forno ao mesmo tempo, mas cada peça leva entre quatro a cinco semanas a estarem prontas”, disse a jovem Catarina.
A cutelaria também não falta, pela mão de Gilberto Ferreira. “É feita através dos métodos que se utilizavam antigamente. As pessoas já sabem aquilo que querem, olham para uma peça e sabem ver o valor da peça, não é como antigamente que a cutelaria era vista como um objeto cortante, agora é vista como obra de arte”, sublinhou.
As cantarinhas de Bragança estão representadas por Maria de Lurdes, que trabalhar esta arte há quase três décadas. “Tenho a roda e faço a cantarinha na roda. O resto, os desenhos e a asa faço à parte”, explicou.
A feira visa promover o artesanato transmontano, atraindo visitantes. Segundo a presidente da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Bragança, Maria João Rodrigues, o certame acaba por também ter impacto no comércio local e na restauração. “Os visitantes não vêm só para a feira, vêm também para comprar coisas no comércio tradicional”, adiantou.
Mesmo com a chuva e o aviso amarelo para esta tarde, a Praça Camões conta com mais de 70 expositores. O presidente do município, Paulo Xavier, está convicto de que o tempo vai melhorar e permitir grandes vendas. “Acho que amanhã vamos ter um dia excecional, por isso estou convicto que vai ser bom para os negócios, para a venda de produtos”, disse.
A Feira de Artesanato de Bragança decorre até domingo. Na sexta-feira começa ainda a Feira das Cantarinhas, uma das feiras mais antigas do distrito. Decorre na Praça da Sé e ruas contiguas, com quase 400 expositores. Este ano, uma das ruas é dedicada aos produtos endógenos da região, como o azeite, o vinho e o mel.
Escrito por Brigantia
