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II Prémio Literário da Lusofonia Professor Adriano Moreira entregue a autora brasileira

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Seg, 18/10/2021 - 09:16


Fabiana Araújo é a vencedora do “II Prémio Literário da Lusofonia Professor Adriano Moreira”

O prémio promove a produção e a criatividade literárias, valorizando as relações culturais e lusófonas.

Depois de ter sido um português a receber o prémio, na primeira edição, agora a vencedora chegou do outro lado do atlântico, mais concretamente do Brasil.

Fabiana Araújo é dentista, mas tem pós-gradução em Escrita Criativa. O prémio, que não contava receber, mostra-lhe que o que produz, de facto, tem qualidade. “Escrevo por amor. Foi uma surpresa muito grande esta condecoração porque eu tinha muitas dúvidas na minha qualidade literária. Quando recebi o email reli-o várias vezes porque eu pensava que me estavam a avisar de que já tinham feito a avaliação. É uma emoção muito grande. Não há palavras para mensurar tudo isto”.

A história desenrola-se no Brasil, mas também em Portugal, na região do Porto, onde a vencedora tem origens. “O livro começa em 1901, no nordeste do Brasil, na região açucareira. Prolonga-se até 1946. Temos uma série de intrigas. Há um grande segredo na trama que envolve todos os personagens, sendo que um deles acaba por vir para Portugal, mais concretamente para a região do Porto”, explicou Fabiana Araújo.

O prémio foi criado pelo Conselho de Curadores da Biblioteca Adriano Moreira. Nesta edição houve menos participantes, mas o presidente do conselho, Jorge Nunes, destaca que as obras a concurso seriam de extrema qualidade. “A primeira edição foi boa, com um número de concorrentes bastante significativo. Nesta edição houve menos pessoas a participar mas o foco era diferente, como trabalhos de maior expressão, tendo ocorrido num período excepcional, em que muitas pessoas, mesmo estando em teletrabalho, tinham menos predisposição para escrever. Esta edição tem muito mérito. O júri referenciou que são obras de grande qualidade”.

Hernâni Dias, presidente da câmara de Bragança, considera que o prémio está a tomar o caminho certo, uma vez que há muitas pessoas de vários países da lusofonia a concorrer. “Foram apresentados 24 trabalhos, de algumas nacionalidades, o que significa que este prémio está a ganhar aqui alguma consistência. Tem tido uma boa aceitação e esperamos que mais gente tenha vontade de concorrer, não só de outros pontos do globo, como de Bragança. Seria interessante que um brigantino, um dia, o ganhasse”.

O prémio não tem qualquer valor monetário associado, mas pode vir a ter, segundo esclareceu Hernâni Dias, que acredita que o expoente máximo será atingido quando o Museu da Língua Portuguesa estiver pronto, solidificando a valorização das relações culturais. Fabiana Araújo recebeu o prémio na sexta-feira, numa cerimónia que decorreu no teatro municipal.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Carina Alves