Qua, 22/05/2019 - 15:48
Para o treinador os clubes transmontanos continuam a pagar o preço da interioridade. “Ser transmontano neste país é muito complicado. Para nós podermos sonhar com a possibilidade de ir à fase de subida, que dá acesso à 1ª divisão, temos que ter uma equipa muito forte. É que em saco de equilíbrio no jogo há uma tendência para o desequilibrarem”.
O treinador queixa-se ainda das exigências que, por norma, são feitas para o clube poder competir, e que são desvalorizadas em relação a outros emblemas. Artur Pereira dá mesmo como exemplo as medidas do piso de jogo.
“Nos últimos anos fomos perseguidos pelas dimensões do nosso pavilhão. Houve clubes que escreveram para a federação devido ao limite das linhas laterais, enfim, fizeram ali um cavalo de batalha. Entretanto, nós fomos jogar ao Retorta e fiquei estupefacto com as dimensões do pavilhão e as linhas laterais. Lá, no pavilhão do Retorta, se e a porta estiver aberta quem quiser passar para o outro lado tem que entrar no campo e a área do treinador tem que estar encostada à parede porque se der um passo para a frente já está dentro da quadra de jogo. Acredite que não estou a exagerar”.
A arbitragem também não escapa às críticas do técnico que pede imparcialidade. “Nós só queremos imparcialidade, só isso. Há muitos árbitros que até são do nosso distrito e que nos prejudicam bastante. Nós não queremos que nos ajudem mas também não queremos que nos prejudiquem”.
O Mogadouro garantiu a manutenção no Campeonato Nacional de Futsal da 2ª Divisão na última jornada, depois de uma época pautada por dificuldades.
“Foi uma época um pouco atípica devido à saída de vários jogadores importantes do plantel, a chegada tardia de alguns jogadores, as contratações que tivemos que fazer depois de começar a época. Ou seja, o grupo de trabalho foi fechado muito tarde”.
Artur Pereira vai continuar no comando técnico do Mogadouro, quer garantir todos os jogadores da última temporada e reforçar o grupo com dois elementos. O treinador reitera ainda a aposta na formação e dá como exemplo o jovem Igor.