Seg, 04/06/2012 - 09:49
Segundo o jornal PÚBLICO, o contrato a assinar assumirá a forma de "concessão experimental", que representa uma fase intermédia até ao contrato de exploração final, e visa aprofundar o conhecimento do jazigo, prevendo-se que seja um dos maiores da Europa. O grosso do investimento, que poderá ultrapassar os mil milhões de euros, só será feito na fase da concessão definitiva, o que deverá acontecer no prazo de cinco a oito anos. Durante a primeira fase de concessão, já haverá algum investimento, dado que será feita uma grande movimentação de materiais, a pré-concentração do minério à boca da mina e o seu transporte para tratamento definitivo. Segundo o jornal, os estudos indicam que a qualidade do minério é bastante animadora, apontando para uma mina de classe mundial.As negociações arrastam-se há mais de meio ano, por diversas questões, entre as quais os prazos de exploração experimental e o transporte do minério, que envolve quantidades elevadas, sendo uma importante componente para a rentabilização da exploração.Neste contexto, a MTI, a empresa que detém a concessão de prospecção e pesquisa destas minas, aponta a construção de um mineroduto como a solução mais económica, permitindo elevada capacidade de escoamento.Trata-se de um canal de transporte de minério como existe para o gás ou para combustíveis, sendo uma solução utilizada em vários países do mundo. Esta infra-estrutura, que poderia aproveitar parte da rede de auto-estradas, ligaria Torre de Moncorvo directamente ao porto de Aveiro, com capacidade de atracagem de grandes navios de carga se forem realizados investimentos para o desassoreamento do porto.
Para já, a solução que poderá garantir o escoamento de minério na fase de exploração experimental será a ferroviária, o que implicará a construção de um troço, na antiga linha ferroviária do Sabor, entre Moncorvo e Pocinho, utilizando depois a já existente, no Douro, até ao porto de Leixões ou até ao porto de Aveiro.
Escrito por Brigantia