Escola Emídio Garcia vai fazer formação sobre educação sexual a pais e professores

PUB.

Seg, 07/12/2009 - 09:25


Começou este ano a ser tratada com mais atenção a educação sexual nas escolas. Em Bragança, a Escola Secundária Emídio Garcia apostou no diálogo com os estudantes, pais e professores, com a colaboração do centro de saúde da Sé.  

“Estamos a fazer a implementação da Educação Sexual através da psicóloga da nossa escola e da enfermeira Olívia, do centro de saúde. Temos vindo a fazer algumas acções de sensibilização e trabalhado alguns conteúdos nalgumas disciplinas”, explica Olinda Bragada, a coordenadora do projecto educação para a saúde na secundária Emídio Garcia.  Revela ainda que já no início do próximo ano começam acções de formação para pais e professores.

 “Um esclarecimento do decreto-lei e como abordar determinadas questões”, refere. Na escola existe ainda um gabinete de atendimento aos alunos.

Para os pais, prepara-se “formação sobre o programa”.

 

O gabinete de atendimento funciona todas as semanas mas, segundo a coordenadora do projecto Educação para a Saúde, os alunos têm pouco tempo para irem tirar dúvidas devido à carga horária. Por isso, vai ser também criado um blogue para que os estudantes possam esclarecer as suas dúvidas com mais privacidade.

 

Até porque, diz Olinda Bragada, os estudantes têm muitas questões por esclarecer. “Mais sobre os seus relacionamentos, com as doenças sexualmente transmissíveis, e com a idade”, nomeadamente “quando podem começar a ter relações”.

 

E na semana em que se comemorou o Dia Mundial de Luta contra a SIDA, foram várias as actividades realizadas na escola para chamar a atenção dos mais novos para os riscos que se correm.

 A última delas foi uma peça de teatro.

“Pretendemos alertar os jovens para os perigos da SIDA”, garante Carmo Lico. “Estarmos a informar não quer dizer que queiramos que iniciem a sexualidade mais cedo”, sublinha a estudante do 11.º ano, garantindo que o principal é alertar “para os comportamentos de risco, como o sexo desprotegido ou a partilha de lâminas de barbear”.

 

Raquel Santos, outra das alunas/actrizes, considera que “se devia falar destes temas mais vezes”. Rui Pereira confessa que aprendem “o que são doenças sexualmente transmissíveis e o que são métodos-barreira”, e revela que é normal tirar dúvidas com “os professores”. Sem dúvidas mostra-se Caroline Pereira, sublinhando que “pode haver pessoas que tenham” e, por isso, este tipo de acções são importantes.

 “Com a SIDA não se brinca” era o nome da peça que esteve em cena na última sexta-feira.   Escrito por Brigantia