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Director regional de Agricultura defende aposta no sector primário

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Sex, 19/06/2015 - 12:11


  É necessário apostar em produtos agro-pecuários que já tiveram uma grande importância na região transmontana e cuja produção, neste momento, não responde à procura do mercado nacional e internacional.

Este foi o apelo deixado ontem pelo director regional de Agricultura e Pescas do Norte, Manuel Cardoso, no seminário “Saiba como aproveitar as oportunidades do Portugal 2020”, promovido pelo Nerba-Associação Empresarial do Distrito de Bragança.Manuel Cardoso sublinhou que se deve investir em produtos tradicionais, dando como exemplo os produtos do Complexo Agro-Industrial do Cachão, que encerrou em 1992 e frisou também a importância de apostar na inovação. “ A grande preocupação dos investidores agrícolas deve ser produzir aquilo que é vendável, seja localmente, nacionalmente ou internacionalmente. Neste momento há uma enorme apetência do mercado internacional por produtos que nós até já produzimos há alguns anos atrás, nos tempos em que existia o Complexo Agro-industrial do Cachão e que caíram no esquecimento. Poderíamos recuperar produtos que já trouxeram muito dinheiro para a região e inovar. Estou a pensar nos espargos, amoras e numa série de produtos que têm uma enorme procura a nível internacional, da qual poderemos tira partido”, sublinha o responsável. O director regional de Agricultura frisou ainda a importância de investir no na produção agro-pecuária, que tem sido penalizada nos anteriores quadros comunitários. “Estamos a pagar aquilo que foi o desincentivo à produção animal, feiro no quadro comunitário que terminou, que penalizou a produção agro-pecuária. É muito importante recuperarmos as raças autóctones, os produtos endógenos e recuperamos a capacidade de continuarmos a produzir, não apenas a carne, que já tem Denominação de Origem Protegida, como todos os outros produtos como o queijo, o cabrito e outros produtos que temos urgentemente que recuperar. Não podemos perder essa tradição. É a hora certa para relançarmos o futuro nessa base”, frisa Manuel Cardoso. Escrito por Brigantia.