Qui, 03/03/2011 - 10:07
Mas nos meios urbanos, nomeadamente em Bragança e Mirandela, houve uma descida equivalente.
Ou seja, em termos reais, foram apenas mais três casos do que em 2009, correspondendo a 131 vítimas acompanhadas.
Para o Governador Civil, responsável pelo Núcleo de Apoio à Vítima no distrito, estes números representam o esforço que tem sido feito nas áreas rurais.
“O aumento dos números registados pela GNR significa que estamos a conseguir chegar ao meio rural com a dinâmica com que chegámos aos meios urbanos e conseguir com que as vítimas denunciassem” refere, salientando que “não é um aumento assustador mas é sim um aumento da denuncia”.
Num distrito maioritariamente rural, Jorge Gomes entende que é um avanço contra o “machismo existente”.
“Penso que estamos a conseguir despertar as consciências e ajudar a alguma evolução cultural, mas de facto estamos a conseguir que as vítimas não suportem mais ser vítimas” realça. “Isto é um avanço contra o machismo que existia e contra o sofrimento que quase fazia parte do casamento”.
Já este ano, e durante o mês de Janeiro, foram atendidas 23 vítimas de violência doméstica no distrito de Bragança.
Dezasseis correspondem a novos casos enquanto as outras sete já vinham sendo acompanhadas.
Apenas 13 aceitaram apresentar queixa às autoridades.
Das 131 vítimas registadas no ano passado, a maioria eram mulheres.
Apenas 12 eram do sexo masculino.
Este tipo de casos ocorre sobretudo entre os 25 e os 44 anos e em pessoas com baixa escolaridade.
No entanto, o Núcleo de Apoio à Vítima de Bragança tem registado cada vez mais denúncias de violência no namoro e contra idosos, nos últimos dois anos.
Escrito por Brigantia