Seg, 10/05/2010 - 09:14
“É significativo para essas pessoas que estavam com dificuldades sobretudo em termos de pagamentos de rendas, débitos bancários e até de alimentação” refere o presidente da delegação de Bragança da Cruz Vermelha Portuguesa.
Trata-se de um projecto “conjunto com a Fundação Calouste Gulbenkian e o Banco Alimentar Contra a Fome foi muito importante para essas pessoas” acrescenta, explicando que “nós não demos o dinheiro. Pagamos com a apresentação de facturas, mas na prática foi um valor monetário que indirectamente entregamos às pessoas”.
Joaquim Queirós traça ainda o diagnóstico social destas famílias que foram beneficiadas ao referir que “são sobretudo pessoas com dificuldades pontuais porque deixaram de trabalhar e estão no desemprego, ou por situações de desavenças familiares ou até por doenças que, de um momento para o outro, viram os seus rendimentos muito diminuídos e foram acumulando dividas”.
“Se não fosse esta ajuda não conseguiriam equilibrar-se. Há pessoas com 30 aos, agregados familiares novos, mas também há pessoas com mais idade” salienta.
A primeira fase deste projecto está concluída.
A Cruz Vermelha pondera agora lançar outra campanha com o mesmo objectivo e para a qual já existem algumas famílias no concelho que poderão vir a candidatar-se.
A delegação de Bragança assinalou este fim-de-semana o encerramento das comemorações dos 150 anos do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho com umas jornadas sobre o Ano Europeu de combate à Pobreza e Exclusão Social onde participou a delegação de Zamora, em Espanha.
Joaquim Queirós salienta que as duas instituições vão começar a cooperar.
“Queremos aprender com eles. Apesar de estarmos a passar por uma situação muito complicada em que as limitações são crescentes, queremos ver como é que eles fazem e conseguem ter um conjunto de respostas sociais” afirma.
Para assinalar estas comemorações foi ainda descerrado um elemento escultórico junto à sede da delegação de Bragança da Cruz Vermelha.
Escrito por Brigantia