Corporações de bombeiros do interior vão poder candidatar projectos a fundos comunitários

Os avisos anteriores do actual quadro comunitário excluíam as corporações de concelhos com menos de 20 mil habitantes. O secretário de Estado explica que houve um esforço para alterar os critérios, de forma a não penalizar as corporações de bombeiros do interior do país. “Houve uma alteração de critérios porque havia alguns que eram extremamente penalizadores, principalmente para zonas como são as nossas e todo o interior. São terras pequenas, com pouca população e temos áreas florestais bastante grandes. Tivemos de alterar esses critérios, de forma a ficar em igualdade de circunstâncias com o resto do país. O fundamental é não prejudicar as zonas do interior”, frisou o secretário de Estado. Várias corporações de bombeiros do distrito de Bragança manifestaram já a vontade de candidatarem projectos de remodelação dos quartéis a fundos comunitários.
Jorge Gomes lembra, contudo, que há que ter contenção e que devem avançar apenas os projectos prioritários. “Felizmente temos um parque de infraestruturas na área da Protecção Civil e dos bombeiros bastante bom. Há um ou outro quartel que podem precisar de obras porque houve outros sofreram obras de melhoramento há relativamente pouco tempo. Os que estiverem a necessitar devem candidatar-se mas o dinheiro não estica e as melhores candidaturas serão aquelas que irão ser aprovadas”, frisa Jorge Gomes.
Na primeira fase das candidaturas, que começa a 17 de Maio, estão destinados 7 milhões de euros para a requalificação deste tipo de infra-estruturas, o que inclui a extensão de quartéis, que tal como Jorge Gomes esclareceu no mês passado, poderá ser o caso de Vila Flor, que pretende construir um espaço para recolher as viaturas dos bombeiros. Já em Alfândega da Fé, o projecto a candidatar passa essencialmente por “melhorar as condições do quartel” e há também a necessidade de adquirir novas viaturas, como explicou o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alfândega da Fé, Mário Lopes. O projecto de remodelação do quartel, com mais de 20 anos, está orçado em 400 mil euros. Um dos objectivos é dotar o edifício de camaratas femininas, que ainda não existem, de forma a atrair mais mulheres para a corporação. Actualmente fazem parte do corpo activo dos Bombeiros de Alfândega da Fé 60 operacionais, dos quais, apenas cinco são mulheres. Escrito por Brigantia.