Sex, 22/05/2009 - 08:20
Conceição Cardoso diz mesmo que o problema é o fácil acesso às bebidas alcoólicas.
“Agora é quase obrigatório beber, principalmente entre os jovens, nas festas, nas queimas, e há uma maneira fácil de o obter. Isso também propicia que os jovens iniciem os hábitos de bebida”, diz. Por outro lado, há aquela demarcação que o jovem pretende fazer, de autonomia, de integração, e recorre ao álcool. E o álcool está por trás de muitos casos de violência doméstica, depressões, suicídios, alterações do comportamento das crianças, mau aproveitamento escolar, de furtos, crimes, agressões, acidentes”.
Conceição Cardoso defende que “a prevenção deve ser a aposta a seguir” para “erradicar esta doença social”. A psiquiatra confirma que em Bragança “há muito alcoolismo”, apesar de não ter números concretos.
Já Manuel Albano, delegado regional no Porto da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Géneros, defende que a violência doméstica não se restringe apenas ao casamento.
“Estudos que existem reconhecem que cerca de 33 por cento de pessoas que vivem uma relação de intimidade/namoro já foram vítimas de, pelo menos, um acto de violência. E o grau de aceitação é também considerado normal, quer por parte das raparigas que são as vítimas quer pela percepção que os rapazes têm numa questão de dominação, que acham que têm o direito de exercer esse acto de violência com as raparigas com quem vivem”, diz.
A violência em destaque num encontro de psiquiatria da infância e adolescência, que decorre em Bragança até esta sexta-feira.
Escrito por Brigantia