Comércio tradicional procura estagiários nos cursos de educação de adultos

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Qua, 18/11/2009 - 10:56


Falta gente para trabalhar no comércio tradicional de Bragança. O alerta foi deixado esta terça-feira, à margem da sessão de encerramento da formação em sala de dois cursos de Educação e Formação de Adultos do Núcleo Empresarial da Região de Bragança (NERBA).  

As potencialidades turísticas do distrito de Bragança podiam ser melhor aproveitadas.

Os empresários da região estão interessados em dar estágios aos formandos dos cursos de educação para adultos mas falta gente para responder às solicitações.

A garantia é de Mafalda Nascimento, técnica de formação no NERBA.

“Temos mais procura do que oferta, em termos de estágios. Temos empresários que nos pedem e nós não temos formandos para colmatar essas necessidades deles.”

Segundo Mafalda Nascimento, a área do turismo rural é a mais carenciada.

“Existem muitas casas de turismo rural no nosso distrito mas não existe ninguém especializado nem para o atendimento, nem para o encaminhamento, nem para elaborar visitas e aquelas aventuras que se fazem no turismo rural. Bem como aquele artesanato que fazemos na nossa região, como as colchas e as almofadas, que seria sempre interessante estarem à venda nas casas de turismo rural. Daí que estejamos a pensar fazer dois cursos de artesanato, de equivalência ao nono ano.”

Ao nível do 12.º ano, já houve candidaturas a um outro de técnicos de informação turística e rural e outro de produção agrícola, para operadores florestais.

Revelações à margem da sessão de encerramento de dois cursos EFA. Um de práticas e técnicas comerciais e outro de práticas administrativas.

Áreas que, segundo Mafalda Nascimento, têm bastante procura.

“Foi uma média de 60 a 70 por cento de empregabilidade. Nestes ainda vamos ver porque os formandos vão agora para estágio. Já houve um em Sendim, com 18 formandas, em que oito ou nove vão ficar a trabalhar nas entidades em que estagiaram. Temos uma média de empregabilidade de 50 a 70 por cento.”

E acaba por ser uma mais valia para quem estava desempregado.

“Os formandos que saiam do curso de técnicas de práticas comerciais, estão habilitados a fazer atendimento, têm também uma parte de orçamentação, stock, atendimento telefónico, vendas, têm uma parte de contabilidade e balanços… estão habilitados a fazer tudo o que se possa fazer no comércio tradicional. Já no curso de práticas administrativas ficam com competência para todas as funções relacionadas com a parte administrativas, desde a elaboração de faxes, ofícios… e a língua inglesa é a base dos dois cursos.”

Estes cursos duram cerca de 14 meses e incluem um estágio curricular.

Desde 2006, o NERBA já teve quase uma centena de formandos, que vêem aqui uma oportunidade de regressar aos estudos e encontrar emprego.

“Foi uma experiência nova e uma oportunidade. Acho que há mais oportunidades de emprego” com este curso, refere Elisabete Trigo. Para Tânia Fonseca também é a primeira vez que frequenta um curso semelhante e que vai “para estágio”. “Estava numa situação de desemprego e inscrevi-me. Espero novas visões para o futuro em termos de emprego.”

Na sessão de encerramento da formação em sala destes dois cursos foi apresentada a pela “Desigual”, no âmbito do tema de vida “Empregabilidade e Inclusão Social, e a maqueta de uma habitação típica do Nordeste Transmontano que inclui já energias renováveis.

Escrito por Brigantia