Comércio tradicional de Bragança atravessa crise sem precedentes

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Qua, 09/12/2009 - 10:14


O comércio local de Bragança está a ser muito afectado pela crise económica. A associação que representa o sector diz que há cada vez mais lojas a fechar, numa crise sem precedentes.  

Por isso apela ao consumo nas lojas do centro da cidade.

Segundo o presidente da ACISB, há mais de 32 anos que as dificuldades não se sentiam desta maneira.

Muito por causa das compras nos hipermercados e em cidades como Porto, Vila Real ou Zamora.

Por isso, António Carvalho apela ao consumo no comércio tradicional para não agravar ainda mais a situação.

“É um apelo que tenho feito várias vezes, que não comprem nas grandes superfícies porque estão a dar tiros nos pés. Estão a empobrecer a entidade patronal e, por isso, é natural que fiquem sem emprego.”

 

O presidente da ACISB diz que nos últimos tempos têm encerrado muitas lojas no centro histórico da cidade, coisa que antes não acontecia.

Segundo ele, porque não há movimento nessa zona.

“A centralidade da cidade alterou-se, já não é a praça da Sé. Mas o centro cívico há-de ser sempre essa praça. Mas há cerca de 200 pessoas aí a viver, as casas estão quase todas abandonadas”, destaca.

Um problema que para António Carvalho não é exclusivo do centro histórico.

“Temos outros pólos atractivos, como a Braguinha, a zona do Mercado, a avenida Sá Carneiro. Mas mesmo aí, a não ser uma determinada hora em que os estudantes vêm para a rua, não se vê grande clientela.”

O responsável da ACISB considera, por isso, que o comércio tradicional deve distinguir-se através de mais-valias para poder atrair clientela.

Escrito por Brigantia