PUB.

CIM-TTM estuda soluções para fixar população e fornecer cantinas escolares e IPSS localmente está em cima da mesa

PUB.

Qua, 28/09/2022 - 09:57


A Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes promoveu um estudo para encontrar soluções para fixar população, nomeadamente através da agricultura.

Fornecer cantinas escolares e Instituições Particulares de Solidariedade Social com produtos da região foi uma das propostas apresentadas, no seminário “AGRISOCIAL: contextos resultados e caminhos”, que decorreu na Escola Superior de Tecnologia e Gestão, em Bragança, como destacou o presidente da CIM, Jorge Fidalgo.

“Há entraves que têm a ver com a segurança alimentar, mas determinados produtos, não a carne mas as leguminosas, em que é perfeitamente possível alimentarmos estas entidades, a região tem capacidade para isso e praticamente não se faz, sendo que as instituições têm de lançar um concurso para adquirir determinados produtos que às vezes vêm de fora do território e até do estrangeiro

O presidente da CIM sustenta que as receitas para resolver os problemas não podem ser iguais para os diferentes territórios e pede mudança na política fiscal e menos burocracia:

“Tendo ainda a componente agrícola, em especial a pequena agricultura e a agricultura familiar, um grande peso nesta região pode ajudar a fixar gente no território se a questão da burocracia, nomeadamente ligada à política fiscal, puder ser diferenciada”, afirmou e espera que “os fundos comunitários possam ser orientados em função da especificidade e das características de cada um dos territórios, senão o resultado será ser sempre mais do mesmo”.

A directora Regional de Agricultura e Pescas do Norte explica que o estatuto da agricultura familiar pretende dar uma mais-valia aos agricultores, através de uma majoração até 20% nos projectos de investimento e contribuir para a fixação da população. No entanto, na região da CIM-TTM há 25 mil explorações agrícolas e até à data apenas 350 têm estatuto de agricultura familiar. Carla Alves admite que poderá ter de haver ajustes a este estatuto:

“Pode ser importante rever as condições de acesso a este estatuto, mas também é uma questão de divulgação, porque “não há uma taxa de reprovação muito grande no ministério quando solicitam o estatuto”, afirma.

Feito o estudo, a CIM espera até ao final do ano apresentar ao governo e à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte as estratégias para o desenvolvimento agrícola e para a fixação de pessoas no território. Escrito por Brigantia.

Jornalista: 
Olga Telo Cordeiro