Seg, 18/09/2023 - 09:09
Este é um cenário que afecta o país e em particular a região. O coordenador da União dos Sindicatos de Bragança, Eduardo Alves, defende que é preciso valorizar todos os profissionais de acção médica.
“Vemos um cenário muito cruel, porque a fixação dos médicos, sabemos que no Interior, a desertificação é cada vez maior, cada médico que vem só vem fazer o estágio e não ficam. Terá que ser criada estabilidade para eles ficarem, dar casa pelo menos, e terem outras especificações para os colocar cá”, avançou.
Eduardo Alves considera que de pouco vale abrir serviços na Unidade Local de Saúde do Nordeste, se depois não há profissionais para trabalhar.
“Recentemente foi inaugurado uma unidade dos cuidados intensivos e não temos cardiologistas em Bragança, isto é uma aberração total. Abre-se um serviço novo e não temos cardiologia que é muito importante para abrir um serviço desses”, criticou.
Por isso, a União dos Sindicatos de Bragança defende um reforço do sector público, contrariamente ao que diz estar acontecer.
“Os privados estão a crescer a olhos nus. Bragança também já tem hospital privado. Praticamente todas as cidades têm, é porque dá lucro. Não podemos fazer um serviço público, um serviço privado”, afirmou.
Os Sindicatos visitaram ainda o hospital de Bragança. Esta acção faz parte da Jornada Nacional de Defesa e Reforço do SNS, organizada pela CGTP. A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses pede a valorização profissional e salarial dos trabalhadores do SNS, mais contratação e reforço dos cuidados de saúde.
Escrito por Brigantia