CDU denuncia fossas a céu aberto e desperdícios de água

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Seg, 08/06/2009 - 15:38


O grupo municipal de Bragança da CDU denunciou esta segunda-feira três situações que considera graves em termos ambientais. Os deputados têm vindo a receber alertas de cidadãos para determinadas situações que se verificam sobretudo no meio rural.  

José Castro aponta o caso de Rabal como o mais grave ao considerar que põe em causa a saúde pública porque a fosse céptica do saneamento está a vazar para o rio.

“Não tem implicações apenas para a saúde pública da população de Rabal mas também para toda a actividade que existe a jusante do rio Sabor nomeadamente para o parque de campismo”.

 

Para José Castro o caso de Alfaião “também é gravíssimo, porque aí já há uma infra-estrutura de tratamento mas não funciona e concentra numa valeta todo o saneamento da aldeia”.

 

Já em Paçó de Mós, a CDU diz que a água está a ser mal racionada.

Por um lado, os habitantes não têm para regar as hortas e por outro há água a perder-se dos depósitos.

“As pessoas ficaram sem água para poderem regar as hortas, que é uma base fundamental da sobrevivência rural, se a querem ter têm de a pagar” afirma. Mas para a CDU “o mais gritante é o desperdício que há com as águas naturais que são atiradas para os esgotos ou para a valeta do IP4”.

 

O presidente da câmara de Bragança responde que para o caso de Rabal já há projecto para a construção de uma mini-etar. “Em Rabal é um sistema antigo mas já temos um projecto com vista à substituição dos antigos sistemas de fossas por mini-estar’s e vamos implementá-la logo que possível”.

 

Quanto ao caso de Paçó de Mós, Jorge Nunes lembra que “a água tratada é para consumo público e não pode ser utilizada para a rega e quem não tem essa visão é uma demagogia absoluta”. O autarca admite que possa haver excedentes da água e “se for viável canalizá-la para um depósito de rega podemos fazê-lo”.

 

Além disso, lembra que “esta situação só surge depois de termos implementado o sistema de controlo de consumo nas aldeias porque anteriormente, nesta época já andávamos a transportar água em camiões para regar as hortas e isso é uma irracionalidade”.

 

O autarca salienta que estas são as orientações do Governo e da União Europeia no que diz respeito à política da água.

Escrito por Brigantia