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Catarina Martins arranca campanha do BE em Miranda do Douro e insiste na cobrança de impostos das barragens

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Seg, 17/01/2022 - 10:56


O Bloco de Esquerda começou a campanha eleitoral ontem em Miranda do Douro.

Catarina Martins esteve numa das seis barragens vendidas pela EDP à Engie, para mais uma vez denunciar a falta de pagamento dos impostos relativos à venda mas também à exploração das hidroelétricas da bacia do Douro.

“Quem vive do seu trabalho, quem paga imposto sobre o seu salário ou pensão, quem paga IMI sobre a sua casa pode aceitar que a EDP não pague imposto sobre um negócio de 2,2 mil milhões de euros?”, questionou a líder do BE. “Temos de ter determinação para dizer que a economia do privilégio e da desigualdade não é a regra em Portugal, que podemos cobrar os 110 milhões de euros de Imposto de Selo e entregá-los à terra de Miranda. Não desistimos também da cobrança do IMI, que é uma receita directa dos concelhos. Cada uma destas barragens que não paga IMI está a roubar directamente os concelhos onde ficam as barragens”, sublinhou.

A coordenadora da Bloco de Esquerda afirma que além do caso estar a ser investigado pela justiça, no campo da política também é necessário continuar a acompanhar o negócio e a falta de pagamento dos impostos.

Catarina Martins sustenta que a ideia da falta de desenvolvimento do interior se prende com a pouca de riqueza no território é enganadora.

Acompanhada do candidato do Bloco e Esquerda por Bragança, André Xavier, Catarina Martins e Mariana Mortágua discutiram o negócio das barragens, numa sessão com representantes do Movimento Cultural da Terra de Miranda que entregaram às representantes do partido o plano estratégico para o desenvolvimento do território que elaboraram, pensado para usar as verbas dos impostos relativos às barragens.

Jornalista: 
Olga Telo Cordeiro