PUB.

Bragança adere à “Calculadora Ecológica”

PUB.

Seg, 20/05/2019 - 09:13


A fim de consciencializar os brigantinos para as questões de preservação do ambiente, o município de Bragança aderiu à “Calculadora Ecológica”. Esta ferramenta, que em Portugal resulta de uma parceria entre os municípios aderentes, a associação ZERO e a Universidade de Aveiro, permite, através da plataforma online, que cada um de nós calcule a sua pegada ecológica

O presidente da câmara, Hernâni Dias, explica que se pretende que as pessoas percebam que comportamentos têm e podem alterar. “Como o nosso objectivo é efectivamente estarmos a dar um contributo positivo por essa razão estamos a disponibilizar esta calculadora ecológica para que as pessoas possam voluntariamente fazer os seus calculos, poderem medir o impacto que tem consumir mais carne, menos carne, andar mais ou menos tempo a pé, usar inclusivamente os meios de transporte disponibilizados pelo município para se poder deslocar para o seu trabalho. Tudo isto tem influencia. É bom que os cidadãos tenham a noção clara que cada um pode e deve ter um papel importante a desempenhar. O objectivo e a missão é sermos um agente esclarecedor daquilo que ainda hoje pode ser algum desconhecimento relativamente a esta matéria”.

Na apresentação do projecto, a redução do consumo de carne foi um dos caminhos apontados. Como o território é um forte promotor das carnes de vaca e das que estão associadas ao fumeiro, Hernâni Dias explica que, por aqui, o caminho terá de passar por combater o desperdício alimentar. “Eu acho que aqui nós temos é que ter a preocupação de, eventualmente, não abandonando o consumo de carne, porque, de facto, é algo que nos diz muito no nosso território, podermos ter comportamentos no sentido de não desperdiçarmos o que estamos a confeccionar. Hoje, sabemos que o desperdício alimentar é enorme e ainda não há a preocupação de as pessoas conseguirem ter o hábito de não desperdiçar”.

Segundo Sara Pires, da Universidade de Aveiro, pretende-se alertar as pessoas quanto aos recursos naturais que são necessários para satisfazer algumas necessidades do dia a dia. “O que pretendemos com o cálculo desta metodologia, que é a sua validade cientifica é reconhecida internacionalmente desde os anos 90, não é uma metodologia que tenha sequer sido trabalhada no contexto nacional, nunca tinha sido aplicada a uma escala tão pequena como tem sido agora feito neste projecto em Portugal. O que nós fazemos é mostrar as evidências científicas dos recursos naturais que são necessários para o consumo d ecada tipologia de bem alimentar”.

Sara Pires afirma que quanto às carnes, a de vaca, é das que mais custa ao planeta em termos de produção. Quanto à pegada ecológica, também põe de parte o bacalhau, o atum e o salmão. “Nutritivamente, é muito mais saudável comer cavala e sardinha do que bacalhau. Do conjunto de peixes que consumimos, o bacalhau é o peixe que mais contribui para a nossa pegada ecológica”.

“Quantos planetas seriam precisos se todos vivessem como tu?” e “Qual é o teu Dia da Sobrecarga da Terra?”: são estas as duas respostas dadas a quem faz o teste. As questões são relativas a temas como alimentação, mobilidade, serviços, entre outros.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Carina Alves