Ter, 09/06/2009 - 15:41
O protocolo foi assinado esta manhã em Bragança, entre a secretaria de Estado da Protecção Civil, as autarquias e as associações de bombeiros.
O processo de recrutamento arranca na próxima semana e deve estar concluído até ao final do mês.
No entanto, apesar de estarem disponíveis durante todo o ano, os cinco elementos de cada equipa vão cumprir um horário de trabalho, pelo que não estarão sempre operacionais.
O secretário de Estado da Protecção Civil diz que era inevitável.
“Estes homens não são de ferro e não vão trabalhar 24 horas por dia. Estamos a falar de equipas que vão passar a ter disponibilidade nos períodos em que há menos voluntários. É uma forma de garantir, por um lado, um socorro mais efectivo e, por outro, permitir que o voluntariado possa continuar a existir e de uma forma mais útil”, explicou José Miguel Medeiros. O secretário de Estado da Protecção Civil defende que este é um passo em direcção à profissionalização dos bombeiros portugueses.
“A profissionalização tem que existir em parte de um sector. As exigências da sociedade moderna não permitem que assentemos todo o socorro de um país no voluntariado”, sublinhou. Estas equipas representam menos de dez por cento dos bombeiros disponíveis, número que actualmente ronda os 35 mil homens.
Dos 12 concelhos do distrito de Bragança, apenas Miranda do Douro, Alfândega da Fé e Macedo de Cavaleiros não aderiram a estas Equipas de Intervenção Permanente.
Uma opção criticada pelo presidente da Federação de Bombeiros do distrito, Humberto Martins.
“Lamentamos muito o facto de haver concelhos que não aderiram. Entendemos que é necessário e urgente que em todos os concelhos haja, no mínimo, uma equipa destas, dada a desertificação do distrito”, diz Humberto Martins. “Infelizmente ainda há autarcas que não estão sensíveis para esta problemática.
Humberto Martins diz que estas equipas vão melhorar o socorro à população.
“Mudar, não vai mudar. O que vai é melhorar porque estão equipas permanentes para sair. Numa emergência qualquer que possa ocorrer, como estamos em regime de voluntariado, poderíamos não ter bombeiros disponíveis para sair. Agora vão estar equipas em permanência.”
O Governo Civil espera que até ao final do mês já estejam operacionais as nove Equipas de Intervenção Permanente hoje criadas para os bombeiros do distrito de Bragança.
Escrito por Brigantia