Sex, 05/11/2010 - 11:24
Para além disso exigem um plano de mobilidade alternativo à linha ferroviária do Tua, cujos últimos 16 quilómetros vão ficar debaixo de água, interrompendo definitivamente a ligação de comboio entre a Linha do Douro e Mirandela.
Os autarcas de Alijó, Carrazeda de Ansiães, Mirandela, Murça e Vila Flor reuniram com os secretários de Estado do Ambiente e da Cultura, bem como outras entidades com responsabilidades no processo da barragem, e deixaram bem claras as suas pretensões.
O presidente da Câmara de Alijó, Artur Cascarejo, é o porta-voz das exigências dos cinco autarcas, que a esta altura do campeonato parecem estar todos de acordo:
"Nenhum de nós está aqui a defender uma lógica concelhia mas regional. é esta região que tem de ser compensada, não apenas no curto prazo mas a longo prazo. Queremos que as populações que vão ser afectadas possam ganhar algo com a barragem."
Na questão da mobilidade, o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, já avançou aos autarcas algumas possibilidades, cuja viabilidade precisa ainda de ser estudada:
"estamos a discutir vários aspectos, nomeadamente dimensões de museologia em torno de algumas estações e da linha, uma solução multimodal, que inclui um funicular entre a foz do Tua e o coroamento da barragem, uma travessia fluvial e o aproveitamento da linha não submersa ou alternativas rodoviárias."
Os autarcas ainda não definiram o modelo de mobilidade alternativo à linha do Tua, mas exigem que, qualquer que ele seja, garanta duas pretensões:
"A pretensão da mobilidade diária das populações. Consideramos que deviamos aproveitar a linha para ser mais um aspecto que promova o desenvolvimento integrado ligado à construção da barragem. O financiamento tem de ser garantido pela EDP e pelas entidades a nível central que têm de repor a situação que havia no início."
Em relação à agência de desenvolvimento regional, o secretário de Estado do Ambiente adiantou que talvez ainda possa ser criada este ano:
"Esta reunião tornou claro que vai existir. Estou esperançado que possa existior ainda este ano." Se a agência vier a ser gestora do parque natural regional, uma das fatias há_de ser este contributo que o fundo dá para a gestão do parque. E o promotor está disposto a garantir uma cota parte do financiamento. Há várias valências possíveis."
Os membros do governo e as restantes entidades ligadas ao processo da barragem do Tua demonstraram, segundo os autarcas, grande abertura às suas exigências, pelo que está aberto caminho ao entendimento. No entanto, os cinco presidentes de câmara do vale do Tua querem analisar em conjunto as propostas apresentadas pela outra parte para depois emitir uma opinião.
Escrito por CIR