Sex, 12/12/2025 - 08:27
A decisão de aumento das tarifas da água no concelho de Bragança esteve, ontem, em destaque, na Assembleia Municipal. Confrontada pela deputada do PSD, Isabel Ribeiro, sobre o aumento destas taxas, a presidente da câmara de Bragança admitiu que algumas continuarão a ser assumidas pelo município e esclareceu ainda que está a evitar que as famílias e empresas sintam, no futuro, um aumento abrupto. Relembrou ainda que com a regularização das taxas poderão ser feitos investimentos cruciais na rede de abastecimento. “Não mexemos em duas taxas, a TRH e a TGR, que continuam a ser totalmente assumidas pelo município, evitando mais transferências de encargos para consumidores. Aquilo que fazemos é permitir investir na modernização da rede, corrigindo falhas estruturais, mantendo a qualidade e fiabilidade do serviço, evitar aumentos abruptos no futuro. Não estamos a falar de recomendações da ERSAR, mas já de uma imposição legal, através de um decreto lei, que restabelece o poder de decisão da ERSAR na fixação e aprovação de tarifários de entidades gestoras, a partir de 2026”.
A presidente lamentou ainda que a oposição se esqueça de que o défice financeiro neste setor, acumulado nos últimos cinco anos, é de 6,15 milhões de euros. A autarca deixou ainda outros números. “A subsidiação da câmara passou de 6% em 2020 para 28% em 2024, o que é absolutamente insustentável”.
A presidente recordou ainda que há tubagens com mais de 40 anos em várias zonas do concelho e que há ruturas frequentes em Babe, Deilão, Calvelhe, Outeiro e Meixedo. Salientou ainda que há diversas localidades sem saneamento básico. Sobre essa matéria disse que estão a decorrer seis empreitadas na rede de saneamento nas aldeias de Vilarinho, Paradinha Velha, Sortes, Chãos, Nogueira e Vila Franca.
A primeira Assembleia Municipal deste executivo decorreu ontem.
Escrito por Brigantia




