Qui, 10/10/2019 - 12:43
O caso foi descoberto pela PSP de Bragança, que numa missão de rotina identificou um local onde era evidente “o processamento de carnes” denunciando “total desrespeito pelas normas legais e compromisso com a saúde pública”.
As autoridades descrevem que os produtos se encontravam “em instalações sem garantias mínimas de condições técnico-funcionais”, que “colocavam em causa, de forma séria”, a higiene e a salubridade. A sala de preparação e manuseamento dos enchidos apresentava “bastantes danos estruturais”, tinha bastante sujidade e “acumulação de gorduras, com diversos enchidos colocados directamente no chão”. A nota da PSP refere ainda que “os diversos anexos, como o forno para produção de panificação e os locais onde se encontravam as várias câmaras de conservação de produtos congelados, não reúnem as condições legais”, sendo apenas uma estrutura “primária e inacabada”. A esses espaços tinham ainda acesso dois cães, que foram retirados pelas autoridades.
Os produtos, carne de porco, presuntos e enchidos, encontrava-se impróprios para consumo, dado estarem “depreciados, queimados pelo gelo, com alterações de coloração, desidratados e com bolores e, alguns, com cheiro nauseabundo, em virtude de estarem putrefactos por avaria no equipamento de armazenagem”, acrescenta ainda a polícia.
Para além da PSP e da ASAE, foram ainda chamados a médica veterinária municipal e o delegado de saúde para acompanhar as diligências. Escrito por Brigantia.