Área ardida no distrito de Bragança cresceu cinco vezes em relação ao ano passado

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Seg, 25/07/2011 - 11:27


Um incêndio que lavrou ontem mais de quatro horas em Carrazeda de Ansiães foi o que mais preocupou a Protecção Civil do distrito de Bragança e confirmou uma tendência. A época de incêndios ataca pelo sul.

É uma evidência quase todos os anos. A época de incêndios no distrito começa no sul. Torre de Moncorvo tem sido o concelho mais afectado e, este fim-de-semana, as chamas já começaram a preocupar os bombeiros em Carrazeda de Ansiães.

 

Um incêndio em Marzagão chegou a mobilizar quase 70 bombeiros ao longo das mais de quatro horas que as chamas consumiram uma zona de floresta. Estiveram no local 18 viaturas, uma delas de rasto, que acabou por ajudar a dominar o fogo já depois das nove e meia da noite.

 

O tempo seco e o vento que se tem feito sentir nas últimas semanas tem dificultado a vida aos bombeiros, que há vários anos observam uma tendência: os concelhos do sul do distrito são os primeiros a ser afectados, com  o grosso dos incêndios a chegarem ao norte do distrito apenas no final do mês de Agosto.

 

Para já o maior incêndio deste Verão no distrito aconteceu precisamente no concelho mais a sul, Torre de Moncorvo.

 Foram mais de 110 hectares de floresta, mato, amendoal, olival e vinha que arderam no mês de Junho.

Um descuido numa queimada terá estado na origem do incêndio.

 Este ano, e de acordo com os relatórios da Autoridade Florestal Nacional até 15 de Julho, já tinham ardido quase 700 hectares no distrito de Bragança, um aumento de 450 por cento relativamente ao ano passado.

Até 15 de Julho, em 2010 tinham ardido 150 hectares.

 Só entre 1 e 15 de Julho deste ano, arderam 120 hectares, quase tanto como nos primeiros seis meses de 2010.

Em termos de ocorrências, registam-se já 214 contra as 96 de 2010. Ou seja, mais do dobro.

 

Recorde-se que este ano o Governo cortou cerca de 20 por cento no orçamento para combate a incêndios florestais.

Escrito por Brigantia