António Costa critica encerramento de serviços públicos próximos das populações

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Seg, 13/04/2015 - 10:29


  O Partido Socialista acusa o governo de encerrar serviços públicos próximos das populações. Esta foi uma das críticas feitas ao executivo liderado por Passos Coelho pelo secretário-geral do PS que passou este sábado por Bragança onde se encontrou com militantes e simpatizantes socialistas. 

No seu discurso, António Costa acusa a coligação PSD/CDS-PP de retirar serviços com a desculpa que tudo que é público é mau e por isso é para encerrar.“A visão do governo sobre a reforma do Estado é fechar os serviços onde eles são necessários. Os tribunais, os centros de saúde, a gestão dos parques naturais, tudo aquilo que é fundamental foi sendo recortado e retirado das populações, sem ser substituído”, salienta o socialista.
Na passagem por Bragança, António Costa foi confrontado com a perda de serviços e com o mau funcionamento de outros. O presidente da Concelhia de Bragança do PS, Luís Filipe Fernandes, pediu ao secretário geral socialista para colocar no seu programa eleitoral uma restruturação dos serviços de conservação da natureza e florestas.
“Instituto de Conservação da Natureza juntaram-lhe um B passou à Biodiversidade, juntaram-lhe mais um F é das Florestas e em Bragança não é nada. Quem conhece hoje o ICNF conhece uma estrutura morta, com os técnicos completamente desmotivados, e esta estrutura para nós foi importantíssima, representou a nossa jóia da coroa, e penso que o PS tem responsabilidades neste campo de reestruturar e de reactivar novamente esta área”, defende o presidente da Concelhia de Bragança do PS.
O desemprego e a emigração dos jovens foi outro dos assuntos que marcou este encontro de socialistas. O presidente da Federação Distrital do PS, Mota Andrade, alertou para a necessidade de travar a saída de jovens qualificados para o estrangeiro, um problema que afecta também o distrito de Bragança.
“Não nos podemos conformar com a saída dos nossos jovens para o estrangeiro, que foram encorajados para o fazer. A melhor geração, a geração melhor preparada de sempre e também aqui de Bragança tantos têm ido para Inglaterra, para França, só com paralelo daquilo que se passou na década de 60”, enfatiza Mota Andrade.
Na passagem por Bragança, António Costa acusou ainda o governo de incentivar as empresas a reduzir os custos do trabalho, em vez de as incentivar a modernizar-se e a conquistar novos mercados. Escrito por Brigantia.