Amadeu Ferreira é hoje homenageado em Sendim

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Qua, 04/03/2015 - 10:12


  Amadeu Ferreira é homenageado esta tarde em Sendim, no concelho de Miranda do Douro. Aquele que é considerado um dos maiores investigadores da língua mirandesa quis ser cremado, sem cerimónias fúnebres. Os amigos reúnem-se hoje em homenagem ao escritor e investigador, na terra que o viu nascer.

Conhecido pelo trabalho desenvolvido em prol da língua mirandesa, Amadeu Ferreira foi autor e tradutor de uma vasta obra em português e em mirandês, onde assinava com os pseudónimos Fracisco Niebro, Marcus Miranda e Fonso Roixo. Presidente da Associação de Língua e Cultura Mirandesas e da Academia de Letras de Trás-os-Montes, Amadeu Ferreira deixa um vasto conjunto de obras científicas e literárias em poesia e prosa. Os amigos acreditam que a melhor forma de o homenagear é dar continuidade ao seu trabalho e divulgar a sua obra. “A melhor forma de o homenagear é continuar a luta que ele encetou e travou durante toda a sua vida em prol do desenvolvimento e da afirmação da língua mirandesa, com coisas simples”, refere Alfredo Cameirão, vice-presidente da Associação de Língua e Cultura Mirandesas. Já o vice-presidente da Academia de Letras, António Tiza, considera que “a melhor forma de o homenagear será prosseguir o trabalho que ele começou no domínio da língua e cultura mirandeses e, também, divulgando aquilo que ele fez”. A Casa da Cultura de Sendim, a terra que viu nascer Amadeu em Ferreira em 1950, recebe hoje os amigos do escritor que se despedem lendo os seus textos. O poeta, escritor e jurista, que faleceu no domingo vítima de cancro no cérebro, foi também homenageado na Casa de Trás-os-Montes, em Lisboa esta terça-feira, que passará a ter uma sala com o nome "Professor Amadeu Ferreira". Amanhã, também na capital do país, onde residia, serão apresentadas, a mais recente obra de Amadeu Ferreira, intitulada “Velhice” e uma biografia do escritor, da autoria de Teresa Martins Marques. Escrito por Brigantia.