Qui, 11/12/2025 - 09:14
Mistério, simbolismo e heranças ancestrais ganharam forma no Centro Cultural Municipal Adriano Moreira, em Bragança, com a exposição “Máscaras: Símbolos de Identidade”.
A mostra internacional reúne cerca de cem peças de cinco países e desvenda a ligação entre máscaras rituais, identidade cultural e tradições de inverno, explica o presidente da Academia Ibérica da Máscara, António Tiza. “A exposição tem máscaras de festas de cinco países, Portugal e Espanha, Península Ibérica, sobretudo a parte noroeste da península, Bragança, Zamora, Leon e Galiza. Há ainda máscaras do México, Estados Unidos da América e Peru”.
A mostra revela como as máscaras, longe de servirem apenas para ocultar o rosto, podem também “revelar” identidades, crenças e relações simbólicas com a natureza e o invisível. Entre semelhanças destacam-se a ligação às Festas de Inverno e ao Carnaval, embora algumas manifestações, como as danças mascaradas mexicanas, não tenham paralelo direto nas tradições ibéricas.
O objetivo é evidenciar ainda as divergências entre tradições. “Há quem diga, e eu sou adepto disso, que a máscara não esconde, revela. O importante é que há pontos em comum, mas também os há divergentes. Há dois anos estive no México e, de facto, verifiquei coisas em comum com a Península Ibérica, mas outras não, nomeadamente o facto de dançarem mascarados, um elemento que aqui não temos”.
A mostra “Máscaras: Símbolos de Identidade” pode ser vista no Centro Cultural Municipal Adriano Moreira, em Bragança. Este tributo à criatividade ancestral e ao património imaterial que continua a marcar comunidades conta com peças provenientes de diversos artesãos, muitos deles do distrito de Bragança.
Escrito por Brigantia




