Catarina Martins critica Governo e EDP em visita a Bragança: “Quem faz negócio cá, paga cá impostos”

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Sex, 07/11/2025 - 12:36


No parecer da candidata do Bloco de Esquerda “a primeira exigência de um governo deve ser dizer quem faz negócio cá paga cá impostos. E que o governo seja o primeiro a dizer que a EDP pode ou não cumprir é uma vergonha"

Catarina Martins, candidata à corrida a Belém, esteve, ontem, em Bragança. Na sua passagem pela região, Catarina Martins, destacou que a decisão do Ministério Pública sobre o pagamento dos impostos das barragens do Douro que é uma prova de que “vale a pena as pessoas lutarem pelo que é justo”. “A primeira exigência de um governo deve ser dizer quem faz negócio cá paga cá impostos. E que o governo seja o primeiro a dizer que a EDP pode ou não cumprir é uma vergonha. São 335 milhões de euros em impostos e que têm de ser pagos”, disse.

A candidata do Bloco de Esquerda reuniu com o presidente do Instituto politécnico de Bragança, Orlando Rodrigues, para entender as necessidades da Instituição. “Vim ao IPB onde se deparam dois problemas óbvios da forma como os debates têm sido mal feitos no país. Um foi, por exemplo, uma mudança no acesso ao ensino superior que exclui alunos que acabaram o 12º ano que poderiam gostar de entrar no ensino superior e que, hoje, não podem sequer candidatar-se a entrar. Outra é mudanças que são feitas, por exemplo, no acesso de estudantes, que vêm de outros países, e aqui nós sabemos como os estudantes internacionais são tão importantes. O que temos é criar soluções, para que ocorra bem, em vez de inventar problemas.”

Em relação à saúde, a candidata a Presidente da República, deixou ainda algumas críticas à Ministra Ana Paula Martins. Catarina Martins afirmou que “a Ministra da Saúde “nunca tem solução para nada. Revolta-se sempre contra os profissionais e nunca tem uma solução que diga como é que vamos fazer para que as coisas mudem, para que as coisas sejam melhor. Enfim, não receber quem está a assegurar efetivamente as urgências no país todos os dias parece tão irresponsável quanto insensível”. Para a ex-lider do Bloco “a solução para o acesso à saúde não pode passar por um Serviço Nacional de Saúde que depende de tarefeiros”, mas defende que o Estado também não pode “dizer que não quer tarefeiros” porque são quem, neste momento, estão a assegurar os serviços hospitalares.

Questionada sobre se os resultados do Bloco de Esquerda e a falta de representação na região podem refletir sobre o resultado das presidenciais, Catarina Martins sublinha que, neste sufrágio, “não há partidos”.

Catarina Martins, referiu ainda que “sondagens há para todos os gostos e às vezes são uma forma de condicionar o voto” não deixando de sublinhar que nelas “é a mais bem posicionada” e a única candidatura que se afirma de esquerda. 

Escrito por Brigantia.

Jornalista: 
Cindy Tomé