Ministro das Infraestruturas anunciou que Linha do Douro vai ser eletrificada

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Qui, 18/09/2025 - 09:18


Miguel Pinto Luz adiantou que será feita a eletrificação da linha, numa fase inicial, até ao Pocinho e depois o objetivo é expandir até Barca d'Alva. Entre obra e estudos, o investimento global ronda os 460 milhões de euros

O ministro das Infraestruturas diz que o Governo tem a intenção de eletrificar a linha do Douro até ao Pocinho e depois até Barca d’Alva. A garantia foi dada por Miguel Pinto Luz, na Régua, à margem da cerimónia que assinalou o arranque da obra de eletrificação do troço Marco de Canaveses-Régua. “Hoje é consignada e vamos começar uma obra que é essencial, por isso é que não me viram ali na minha intervenção, tentar apontar o dedo para os atrasos do passado, tentar apontar a outros governos, não interessa. O que interessa é que temos que fazer, porque não é sustentável que uma região como o Douro, que serve tanto o país do ponto de vista turístico, do ponto de vista das exportações, do ponto de vista da cultura, que possa continuar a não estar servida como uma rede eletrificada. E por isso estamos a dar este passo, mas não ficamos por aqui. Hoje também ficou claro que as prioridades do Governo não ficam por aqui e nós temos que chegar ao pocinho e a seguir Barca d’Alva. E por isso a linha tem que ser toda eletrificada e tem que ser toda capacitada no sentido de dar a esta região uma justiça territorial que já lhe era devida”

Na Estação da Régua, Miguel Pinto Luz, salientou que a CP vai ficar encarregada de estudar a forma de rentabilizar a Linha do Douro até Barca d’Alva. “As nossas prioridades são claras, nós queremos eletrificar a linha toda. Depois, lancei um desafio à CP, porque, como sabemos, esse troço é um troço que tem menos população e, portanto, o valor comercial dessa operação é diferente e nós temos que ponderar várias soluções. Nós não podemos pôr em causa a sustentabilidade da CP. Foi um desafio que eu lancei à CP e dirigi-me ao Sr. Presidente do Conselho de Administração da CP, no sentido de pensarmos esse troço. Esse troço tem que ter uma dimensão mais cultural, mais turística, onde temos que tirar partido também dos recursos endógenos, dos próprios Presidentes de Câmara, das autarquias, dos municípios, da CCDR, pensarmos em soluções da região de turismo, soluções criativas para tornar esse troço rentável.”

Entre obra e estudos, o investimento global na modernização da Linha do Douro, desde Caíde a Barca d’Alva, é de 460 milhões de euros.

Escrito por Rádio Ansiães (CIR)

Foto: CP