Danças dos Pauliteiros candidatadas a património cultural imaterial

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Qua, 12/07/2023 - 09:52


O município de Miranda do Douro candidatou as danças dos Pauliteiros a património cultural imaterial

A candidatura foi submetida na segunda-feira.

A presidente da câmara, Helena Barril, explica que a candidatura das "Danças Rituais de Pauliteiros nas Festas Tradicionais ao Inventário Nacional de Património Cultural Imaterial", é um momento único para a cultura mirandesa.

“É o culminar que o valor que o município atribui e todos os munícipes aos pauliteiros de Miranda, que são um dos maiores ícones da cultura mirandesa e uma referência maior dessa mesma cultura”, frisou.

Para se apresentar esta candidatura foi necessário fazer algumas investigações, deixando tudo o que se sabe documentado.

O objectivo é, depois, apresentar uma candidatura a património da UNESCO.

“Por trás disto tudo está todo um estudo para documentar a própria candidatura e isto obrigou a andar no terreno, perceber a natureza desses rituais, a envolvência dos grupos, perceber a génese dessas festividades. Foi um trabalho que se prolongou mais do que o previsto, tivemos um período de pandemia que obrigou a que o trabalho no terreno ficasse parado. Muitos dos grupos que existem no concelho não estão referenciados nesta inscrição, mas se o resultado for positivo vão aproveitar todos”, disse.

Agora resta esperar pelo desenrolar do processo, aguardando-se que a resposta seja positiva. Contudo, é certo que vai demorar muito mais tempo que o processo de inscrição da "Capa de Honra Mirandesa" no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, em Outubro do ano passado.

A par da língua mirandesa, os pauliteiros são das maiores identidades daquele concelho. A origem das danças dos pauliteiros não reúne consenso entre os investigadores. Pode ter surgido no centro da Europa, mais precisamente na Transilvânia, na segunda Idade do Ferro, como uma dança de espadas. Depois espalhou-se pela Europa Central, Alemanha, Escandinávia, Ilhas Britânicas e Península Ibérica.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Ângela Pais