Qua, 09/10/2019 - 10:26
“Eu guardo tudo, desde melão, melancia, meloa, feijão, grão-de-bico, tomate, pimento, uso em primeiro lugar as minhas, porque a experiência diz-me que germinam com muita mais facilidade e desenvolvem muitíssimo melhor”, explicou.
Vítor Rosário, da Azimute, explica que a ideia passa por sensibilizar as pessoas para a importância das sementes autóctones, a sua preservação e propagação, em prol de uma alimentação saudável, e reforça que são também mais “amigas” do planeta.
“Estas plantas que são passadas de geração em geração não se podem perder porque são as melhores sementes que temos”, sublinhou.
Felícia Fonseca, docente na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança, com quem a Azimute estabeleceu parceria, sublinha que estas sementes são mais resistentes porque já estão adaptadas à região.
“Se houver este cuidado de preservar as sementes autóctones também há uma conservação genética das plantas. O que é da região foi-se adaptando à região”, afirma.
Este encontro surgiu no âmbito do projecto “Sementes com Vida”, da Azimute, cuja pretensão é a recolha, catalogação e preservação de sementes, feita entre as gentes de quatro aldeias da região: Portela e Pinela, em Bragança, e Vilar Seco e Vale Frades, em Vimioso. Escrito por Brigantia.