Qui, 18/06/2015 - 12:18
O empreendedor social para o desenvolvimento territorial recorda que o projecto que surgiu em 2005 mas só se concretizou em 2011 com a ida da primeira família para Alfândega da Fé . O balanço dá conta de 102 famílias que participaram no projecto a nível nacional, um número que fica aquém das expectativas. “ Se não tivéssemos tido essa oportunidade em Alfândega da Fé, o projecto se calhar ainda estava apenas no papel e hoje é uma realidade para 102 famílias. Migram 112, desistiram 10 e, neste momento, estão instaladas 102 famílias o que representa cerca de 300 pessoas. As suas empresas facturaram à volta de 5 milhões de euros e criaram 136 postos de trabalho. Obviamente que estamos satisfeitos mas sabe a pouco porque, uma vez que já estão dedicados 10 anos a este projecto, gostávamos de já estar a falar de outra escala de números”, confessa Frederico Lucas. A primeira família que se mudou para Alfândega da Fé, acabou por desistir e regressar à terra de origem. Actualmente existe outra família nesta vila do nordeste transmontano que abraçou o projecto e que se junta assim a mais 23 famílias que querem ajudar a repovoar Trás-os-Montes. O programa tinha como parceiros a EDP e os Municípios envolvidos. O primeiro foi o de Alfândega da Fé. Apesar da primeira família ter desistido, a presidente do Município, Berta Nunes faz um balanço positivo do programa. “Apesar de tudo, faço um balanço positivo porque, com este programa o concelho foi bastante divulgado. Estamos também bastante satisfeitos com trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela família que está actualmente em Alfândega, na valorização dos produtos locais”, sublinha a autarca. A autarca admite que nas pequenas localidades do interior a integração nem sempre é fácil. “Muitas vezes, as comunidades pequenas, não são muito acolhedoras, numa primeira fase, para as pessoas que são um pouco diferentes ou que não são da terra. Há muitos problemas, numa fase inicial, para as pessoas se integrarem. Depois de conseguirem ultrapassar essas dificuldades iniciais, as pessoas são bem acolhidas. Neste caso em concreto, a senhora engravidou e sentia-se muito isolada”, contou a autarca. Actualmente, o programa “Novos Povoadores” funciona através de uma parceria entre os mentores do projecto e as autarquias, uma vez que o protocolo com a EDP já terminou. Escrito por Brigantia.