Cuidados Paliativos da Terra Fria foram hoje inaugurados

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Qui, 21/05/2015 - 19:20


  Foi hoje assinado o protocolo de criação de uma Unidade de Cuidados Paliativos Domiciliários da Terra Fria, que há cerca de um mês leva cuidados de saúde de proximidade a pacientes com doenças incuráveis nos concelhos de Bragança, Vinhais e Macedo de Cavaleiros.

O projecto representa o alargamento de um serviço pioneiro a nível nacional, que começou em 2009, no Planalto Mirandês.
António Marçôa, presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde Nordeste (ULSN), afirma que esta é uma forma de adaptar os cuidados de saúde às características da população da região, vindo colmatar uma área mais negligenciada.
“Se temos uma população que é muito envelhecida e está dispersa por um território de grande superfície ressalta que há um determinado tipo de cuidados que nós até agora estaríamos eventualmente a descurar, que é o acompanhamento dos doentes dos cuidados paliativos”, refere o responsável.
Um projecto semelhante será também criado em Alfândega da Fé, sendo o objectivo cobrir toda a região com os cuidados paliativos domiciliários.
O Secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, considera que este é um exemplo para todo o país. “Nós estamos aqui a fazer aquilo que o resto do país tem de fazer, aumentar os cuidados paliativos, mas de proximidade, de tal maneira que as pessoas em final de vida com doença incurável e os seus familiares tenham todo o apoio possível”, sustenta o governante.O projecto terá um financiamento de cerca de 400 mil euros durante três anos, contando com uma comparticipação da Gulbenkian e apoios da ULS do Nordeste e por parte das três autarquias abrangidas.
Também hoje foi reaberto o quarto piso da Unidade Hospitalar de Bragança. Esta zona do hospital estava em processo de remodelação há três anos, depois de ter sido encerrada na sequência de casos de legionela.
O piso renovado vai agora acolher o serviço de medicina interna que até agora funcionava num edifício exterior ao próprio hospital, o que, de acordo com o responsável, “levanta logo problemas quer de eficiência quer de conforto dos utentes, que, para qualquer meio complementar de diagnóstico, tinham de deslocar-se do pavilhão para o hospital”. “Aproveitámos uma ameaça, que foi o problema com a legionela, e o encerramento necessário, para investir no quarto piso”, afirma António Marçôa.Para além de melhores condições, o serviço pode contar agora com quartos de isolamento.
As novas instalações foram reabilitadas maioritariamente com recursos da ULSN. Escrito por Brigantia.