Qui, 14/05/2015 - 11:16
Os achados decorrentes das escavações realizadas durante a construção da barragem nos concelhos de Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Mogadouro e Torre de Moncorvo, estão actualmente depositados no Museu do Côa e em Moncorvo a aguardar que sejam criadas condições para serem recebidos pelas quatro localidades. Nuno Gonçalves, presidente da Associação de Municípios do Baixo Sabor afastou a hipótese de construção de um novo museu na região destinado aos vestígios históricos.
“Os municípios são unânimes de que o MC é um museu de referência a nível nacional e não teríamos necessidade de construir um grande museu para albergar as peças do Baixo Sabor”, sublinha o presidente da AMBS
O objectivo é criar “um roteiro arqueológico” para que “a região do Baixo Sabor possa ser visitada de forma coordenada”.
“Temos que construir uma rede que proporcione a passagem de visitantes pelos quatro concelhos”, sustenta o também autarca de Torre de Moncorvo.
A parte do espólio que está à guarda do Museu do Côa, com interesse histórico relevante, inclui peças de arte móvel do paleolítico e objectos da idade do ferro.
O director desta unidade museológica, António Martinho Baptista, considera que se trata de um “espólio considerável e bastante importante”.
“São as peças de arte móvel paleolíticas e da idade do ferro, do sítio paleolítico do Medal, que ficou submerso, e de onde saiu o maior conjunto de arte móvel europeu ao ar livre”, salienta.
De momento, mais de 2000 mil peças estão armazenadas no Museu do Côa e podem já ser estudadas por investigadores, tendo os cientistas que estiveram envolvidos nos trabalhos arqueológicos prioridade no acesso a esse espólio. Escrito por Brigantia.