Ter, 31/03/2015 - 21:17
Os bombeiros foram accionados quando faltavam 11 minutos para as 16 horas. O comandante José Fernandes explica que, quando chegaram ao local, apesar do esforço dos bombeiros e da equipa do INEM, não foi possível salvar o trabalhador. “Deparámo-nos com uma vítima soterrada ao nível do pescoço. Criámos condições de segurança para os meus homens trabalharem mas, infelizmente, não conseguimos retirar a vítima com vida. Quando fizemos a primeira abordagem, havia ténues sinais vitais”, descreve o comandante dos Bombeiros de Bragança. No local do acidente estavam a mãe do trabalhador e o padrasto, que tinham acabado de o deixar junto à obra. Feliciano Ribeiro conta que o enteado se terá ausentado do trabalho para acompanhar a mãe às urgências do Hospital de Bragança, tendo regressado pouco depois das 15 horas. “Deixamos o rapaz, já ia a arrancar com o carro,quando o engenheiro o mandou entrar para a vala. Ele acabou de entrar e ficou soterrado. É uma vala profunda”, conta o familiar da vítima. Feliciano Ribeiro considera que os trabalhadores desta obra não estão trabalhar em segurança. “Esta empresa traz os trabalhadores a trabalharem 10 horas por dia, não lhes dão férias, nem pagam subsídios. Há valas com mais de 8 metros de altura e sem segurança nenhuma. A Inspecção de Trabalho devia averiguar estas coisas”, frisa o padrasto do trabalhador. No local estiveram o INEM, os Bombeiros e a GNR de Bragança. O trânsito chegou a estar cortado cerca de 45 minutos. Escrito por Brigantia.