Sex, 13/03/2015 - 11:42
Em causa está a falta de inspectores sanitários.
O presidente da Câmara Municipal de Bragança, Hernâni Dias, insiste que esta decisão prejudica os agricultores, até porque o número de abates tem vindo a aumentar na capital de distrito, e por isso diz que vai lutar para que o matadouro de Bragança continue a fazer abates quatro dias por semana.
“Ao não quereremos estar a prejudicar o serviço, ao não queremos estar a prejudicar os agricultores e ao não quereremos estar a pôr em causa as questões de segurança e de higiene que são necessárias para este tipo de equipamentos não podemos nunca aceitar a proposta da DGAV”, assegura o autarca.
O presidente da Câmara Municipal de Vinhais tem uma visão diferente sobre esta questão. Américo Pereira diz que concelho que representa, onde a Câmara integra a sociedade do matadouro, os abates têm diminuído e por isso é necessário um ajuste no número de dias para abate de animais.
“Relativamente a Vinhais e Bragança que estão muito próximos em que o público é quase o mesmo. Acho que é preferível assim do que estarem todos a funcionar com um número de abates reduzido, porque isso vai agravar a situação deficitária de ambos”, afirma Américo Pereira.
Em relação à questão de poder haver matadouros a mais no distrito de Bragança, levantada por José Silvano e Carlos Guerra no programa Preto no Branco da Brigantia, o presidente da Câmara de Bragança defende que a questão não pode ser vista pelo número de equipamentos, mas sim pela distâncias que os agricultores têm que percorrer.
“Seria de alguma violência, quer para os animais, quer para os produtores, vir de Miranda a Bragança abater os animais, da mesma forma que considero que não é viável, não é justo, nem sequer pensável que os produtores do concelho de Bragança tenham que ir a Penafiel abater os animais, e ao Cachão a mesma coisa. Se nós temos condições para o abate dos animais, porque razão tem que estar condicionados ao abate num matadouro que fica a 70 ou 80 quilómetros?”, questiona Hernâni Dias.
Américo Pereira diz que até poderá haver matadouros a mais, tendo em conta o número de animais que são abatidos na região.
Escrito por Brigantia