Incentivos podem ajudar a resolver problema da falta de médicos na região

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Qua, 11/03/2015 - 11:37


Os incentivos anunciados pelo governo para fixar médicos no Interior do País podem ajudar a resolver o problema da falta de médicos no distrito de Bragança. 

Esta é pelo menos a convicção do presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Nordeste.
António Marçôa confessa que é difícil atrair clínicos para a região e dá mesmo o exemplo que das 111 vagas abertas nos últimos anos foram preenchidas apenas 15.
“Em nove concursos para vagas de carenciados que nós abrimos em 111 vagas preenchemos apenas 15 e desses já saíram três. Isso dá um pouco a ideia da dificuldade que nós temos em preencher os nossos quadros. Por isso, qualquer medida que incentive a fixação dos médicos cá, para nós é muito útil”, afiança António Marçôa.
De acordo com a portaria publicada ontem pelo governo os médicos vão receber ajudas de custos equivalentes ao número de quilómetros que tenham que se deslocar para trabalhar. Para o presidente da ULS do Nordeste este é o primeiro passo para resolver o problema da falta de médicos na região.
“Uma das questões de nós temos levantado é precisamente o tratamento igual em termos remuneratórios para os médicos do Interior e do litoral, por condições semelhantes preferem ficar no litoral”, constata o presidente da ULS do Nordeste.
E são várias as especialidades com carência de profissionais no Nordeste Transmontano.
“Começando pela Medicina Geral e Familiar é estrategicamente para nós renovar, depois passando para as especialidades hospitalares logo à cabeça Ginecologia e Obstetrícia. Depois Anestesiologia, Gastrenterologia, Ortopedia, Oftalmologia. Saio tudo especialidades que temos uma procura muito grande devido às características da nossa população”, acrescenta o responsável.
Numa altura em que a ULS do Nordeste tem abertas vagas para médicos surgem as primeiras medidas para incentivar os clínicos a trabalhar no interior do País.

Escrito por Brigantia