Seg, 09/03/2015 - 10:47
“Os serviços públicos estão a ser retirados a uma velocidade estonteante, o governo está-se a inibir de responsabilidades e tem querido passar essa responsabilidade para as câmaras e as câmaras, se não tiverem verbas também não podem suportar esses serviços. O governo, de uma vez por todas, tem que nos tratar como portugueses de pleno direito, de uma forma justa e acabar com a assimetria que existe entre o litoral e o interior”, frisa José Freire, coordenador distrital de Bragança do STAL. O horário de trabalho é uma das principais preocupações dos trabalhadores da administração local. Além de defenderem as 35 horas semanais, os sindicalizados mostram-se também preocupados com o regime de jornada contínua, que está a ser cumprido pelos trabalhadores de 8 Municípios do distrito, incluindo Bragança, e que os priva de almoçarem com as famílias. “Ainda não perdemos a esperança de fazer ver que o horário de trabalho é a coisa mais sagrada que um trabalhador tem. Lanço um repto para que pensem nas famílias, porque isto leva à destruturação das famílias, e depois não adianta andarem a fazer políticas para a natalidade”, considera José freire. Declarações à margem da manifestação organizada pela CGTP este sábado. No distrito de Bragança, a manifestação decorreu em Mirandela e reuniu cerca meia centena de trabalhadores.A greve geral dos trabalhadores da Administração Pública está marcada para a próxima sexta-feira, como forma de protesto contra os cortes salariais, os congelamentos de carreiras e a lei da requalificação. Escrito por Brigantia.