Banif encerrou portas em Bragança

Esta agência tinha quatro funcionários. Dois deles foram transferidos para Mirandela e os restantes dois ficaram desempregados. O banco informou ainda que as contas sediadas nesta agência passarão a ser geridas pela agência de Mirandela. A instituição bancária justificou este encerramento com o “processo de reorganização e optimização do seu negócio que irá materializar-se numa maior eficiência operacional, priveligiando a gestão e o relacionamento com os seus clientes”. O Banif estabeleceu como objectivo encerrar 60 agências em todo o país, durante o ano de 2014, sendo a de Bragança uma delas. Mas se houve clientes que foram informados do encerramento, ainda que com pouco mais de uma semana de antecedência, outros não foram sequer informados. É o caso de Armando Refoios, que soube através de outros clientes que a agência iria fechar e não teve dúvidas em encerrar a conta e transferir o dinheiro para outro banco. “Até ao momento não recebi nada, soube através de uma pessoa amiga que tem lá conta que o banco ia fechar. Quando soube, fui tratar logo de transferir o dinheiro para outro banco e encerrar a conta e vi muitas pessoas a fazerem o mesmo. Não tenho disponibilidade para ir a Mirandela”, sublinha o ex cliente do banco. Contactado pela Brigantia, o Banif esclareceu por email que “está a concluir um processo de estruturação da sua actividade, necessário para repor o banco numa trajectória de rendibilidade sustentável, após a contracção provocada pela recessão económica vivida em Portugal nos últimos anos”.
O banco acrescentou ainda que “praticamente todos os bancos que operam em Portugal estão a passar por processos semelhantes, de encerramento de agências, procurando redefinir o seu posicionamento geográfico e encerrando unidades não rentáveis”.
Questionado sobre a sustentabilidade da instituição bancária, o Banif admite que foi “recapitalizado com recurso a fundos públicos, já devolveu parte dessa ajuda e já se recapitalizou com investimento de privados, medidas estas que permitem finalizar o seu processo de reestruturação, de forma a tornar-se sustentável e devolver o remanescente dos dinheiros públicos que ainda permanecem no banco”. Escrito por Brigantia.