Qua, 21/05/2014 - 10:42
A produção de “Pleurotus Ostreatus”, vulgarmente conhecidos como “repolgas” é uma das que está a ter mais procura. Gonçalo Martins produz os chamados “fardos”, constituídos pelo composto necessário à produção, que qualquer pessoa pode comprar e produzir cogumelos em casa. Admite que não tem mãos a medir para tantas encomendas. “Vendo mais fardos do que cogumelos”, conta.
As “repolgas” podem ser também produzidas através de troncos mas Gonçalo Martins garante que a produção em palha é muito mais rápida, o que é mais vantajoso para o negócio. “Em madeira, demoro três meses para produzir a primeira colheita enquanto que em palha faço passado 22 dias, se as condições forem propícias e não houver infeções, tenho cogumelos”, revela.
O produtor está a desenvolver um projeto num terreno próprio em Baçal, que prevê concluir até ao final do ano. Será um armazém de 375 m2, com capacidade para produzir entre 10 a 12 toneladas de cogumelos. Também em São Pedro de Sarracenos vai surgir um projeto semelhante, apoiado pela junta de freguesia local que cedeu o terreno.
Por outro lado, a degustação de cogumelos é também uma área que ganha cada vez mais adeptos. Em Bragança encontramos Francisco Touças que, juntamente com um amigo, abriu uma taberna em que o cogumelo é o ingrediente principal, afirmando ser das poucas do género no país.
“No início as pessoas associavam o conceito de taberna apenas ao presunto, rojão e enchidos, mas agora estamos com muita adesão e as pessoas vêm cá só por causa do cogumelo”, confessa
A proliferação de negócios na área da micologia, as potencialidades dos cogumelos silvestres na região transmontana e a falta de legislação que prejudica o negócio, são assuntos para desenvolver hoje no programa Estado da Região, aqui na Brigantia, entre as 10h e as 11h.
Escrito por Brigantia
