Qui, 18/11/2010 - 11:15
José Silvano, presidente do município mirandelense, dá a conhecer as principais medidas a implementar.
As medidas que vão ser propostas na próxima assembleia municipal, em Dezembro, passam pelas reduções do custo com funcionários em 10%, através da extinção das empresas municipais.
“Vamos fazer com que os serviços municipalizados sejam integrados na câmara Municipal. Que o Metro ligeiro, a prazo, se integre também, para acabar com empresas municipais. Com isto queremos uma reestruturação de serviços para que tudo trabalhe para o mesmo. Estimamos uma redução em cinco por cento com os custos de pessoal, que se somam aos outros cinco por cento impostos pelo Governo.”
Na despesa corrente são propostos cortes na cultura, desporto e lazer. Todos os eventos que se vierem a realizar dentro destas áreas terão que ser pagos na totalidade pelos organizadores.
Também não haverá verbas municipais para as feiras da Alheira, Reginorde e Festa da Geografia. Poderão ser ainda reduzidos 15% nos custos intermédios, ou seja nos combustíveis, viaturas, papel e outros. As Festas da cidade e Nossa Senhora do Amparo podem contar com uma redução de 50 mil euros de subsídio camarário, passando a receber 75 mil euros. As colectividades desportivas e culturais serão contempladas com um corte de 10%. Mas há mais... as “despesas de capital” serão suspensas, mantendo-se apenas as obras que têm financiamento comunitário a 80%.
“Estão neste caso as obras da regeneração urbana, de dez milhões de euros. Nomeadamente a Igreja da Santa Casa, o edifício dos Socorros Mútuos, o Auditório Municipal e algumas ruas. Vamos levar a cabo as acções de inovação, que também estão aprovadas, no valor de cinco milhões de euros. E vamos construir o centro escolar, que também está aprovado.”
José Silvano adianta agora medidas para aumentar a receita da autarquia em 2011.
“Sabemos que as receitas que a câmara está a cobrar não cobrem as sustentabilidade dos serviços. Vamos meter parquímetros para o estacionamento. Vamos fazer com que as colectividades que utilizam transportes e edifícios da câmara paguem as taxas de utilização.”
Medidas que vão permitir poupar cerca de 6 milhões de euros. Mas, para o autarca de Mirandela, estes sacrifícios só farão sentido se no final de 2011 as dividas aos fornecedores estiveram totalmente pagas.
“Só temos um objectivo, é que no final de 2012 não haja dívidas a fornecedores e empreiteiros.”
A Divida da Câmara de Mirandela a entidades bancárias é de 9 milhões e 500 mil euros. Aos fornecedores e empreiteiros deve 7 milhões de euros.
Estes os princípios que vão ser propostos para discussão e aprovação em reunião de Câmara e Assembleia municipal que se realizam no próximo mês de Dezembro, para a elaboração do orçamento de 2011 da autarquia de Mirandela.
Escrito por CIR
