Qui, 11/11/2010 - 11:49
Esta é uma preocupação da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) que ontem reuniu o seu Conselho Consultivo em Carrazeda de Ansiães, para debater os temas que mais preocupam o sector.
O apoio a projectos agrícolas através do PRODER tem crescido, mas João Machado, presidente da CAP, olha com receio para 2011:
“É a nossa maior preocupação. Foi feito um esforço grande pelo actual ministro pela recuperação da taxa de execução. Foi feito mais este ano do que nos três anteriores. Deveríamos terminar este ano com 30 por cento de execução do Proder. Apesar de tudo, não é uma grande taxa porque estamos a meio do programa e devíamos estar a meio. Mas o orçamento de Estado é curto.”
João Machado diz, no entanto, que tem a garantia do ministro da Agricultura de que não faltará dinheiro para apoiar projectos agrícolas.
O problema, receia o dirigente da CAP, é que a crise faça parar alguns processos:
“Esse é um risco e por isso é que a verba do PRODER tem de ser analisada momento a momento. Por isso é que os agricultores têm dois anos a partir do momento em que o projecto é aprovado. Seja pela dificuldade de crédito, seja pela crise.”
O aumento das contribuições dos pequenos agricultores para a Segurança Social é outro dos assuntos que preocupa a CAP:
“Os mais pequenos agricultores estão directamente abrangidos. Vão pagar muito mais, ainda por cima num ano de crise. Aumentar as contribuições dos mais fracos é um motivo de preocupação. Ainda temos esperanças que na negociação da especialidade algo possa ser mudado.”
A Confederação dos Agricultores Portugueses vai continuar a fazer reuniões por todo o país durante os próximos dois anos, no sentido de debater com as associações de agricultores a nova Política Agrícola Comum da União Europeia, sendo que as regras vão mudar a partir de 2014.
Escrito por CIR