Qui, 08/10/2009 - 10:11
“Claro que estão em risco de se perder, especialmente com os meios modernos de comunicação. A juventude está mais virada para outras coisas, como a internet, e já não se interessa. Antigamente, eram contos que se ouviam nos serões à lareira. Muitos dos contos do meu primeiro livro ouvi-os nesses serões, contados pelo meu próprio pai.”
O escritor, de 79 anos, que já colaborou com diversos jornais locais e nacionais, aproveitou para lançar um apelo aos mais novos.
“É escrever, divulgar e recolher o mais possível”, disse, garantindo que tem tido “algum apoio” de autarquias transmontanas, como “Vinhais, Bragança ou Valpaços”.
Esta homenagem foi levada a cabo pelos formandos do curso de operadores florestais, promovido pela Arbórea e ministrado pela Regibio, e abrangeu ainda figuras como o Abade de Baçal, Miguel Torga, Graça Morais, Trindade Coelho e Emídio Garcia.
Vários formandos vêem com bons olhos este tipo de cursos pela perspectiva de emprego que deixa e pelos conhecimentos adquiridos.
“Como fazer plantações, como cuidar da floresta. Também tivemos a parte do tractor, porque a maior parte das pessoas daqui trabalham na agricultura”, explica Maria José Pires, para quem estes cursos são “uma ajuda” em termos de empregabilidade.
Já Artur Fonseca inscreveu-se por ter “algumas propriedades agrícolas e florestais”, concordando que “para quem se aplicar e for interessado, pode dar perspectivas de emprego”. Cristina Silva, por outro lado, também tem “uma exploração agrícola”, e aproveita a oportunidade para “adquirir mais conhecimentos” que a possam ajudar a desenvolver a sua actividade e a “concluir o nono ano, porque agora sem a escolaridade obrigatória não se faz nada”.
Para além da homenagem a Jorge Tuela, abriu uma exposição de trabalhos dos formandos do curso de operadores florestais e a dramatização de um dos contos do escritor transmontano.
Escrito por Brigantia