Sex, 15/03/2019 - 08:01
Luís Martins, co-proprietário da exploração, criticou a demora dos bombeiros a apagar o fogo: “Dois animais assim que foi aberta uma porta saíram a correr. Se a porta fosse aberta mais cedo, possivelmente, ainda se conseguiam salvar mais animais. As vacas não foram salvas por negligência e demora tremenda dos bombeiros. O senhor comandante tem muita responsabilidade, não os operacionais”.
Segundo Luís Martins, irmão da dona do armazém, onde havia 18 efectivos de raça mirandesa e limousine, os bombeiros não entenderam a gravidade da situação. “Passado cinco ou seis minutos de eu chegar ao local, chega o primeiro carro dos bombeiros e o senhor comandante. Informei-o logo que na parte de baixo haviam painéis solares e baterias e que era importante abrirem uma porta lateral para alguns animais saírem. E depois foi isso que fizeram. As pessoas que estavam a ajudar a apagar o fogo começaram a ficar desesperadas com a atitude do comandante. Um dos exemplos é que veio um carro dos mais pequenos que os bombeiros têm. Os bombeiros não entenderam a gravidade da situação. E só depois de grande critica da população, uma hora e meia depois, é que começam a vir mais meios. Provavelmente se tivessem vindo mais meios logo de início, podia ter acontecido o mesmo, mas o impacto teria sido bem diferente”, acrescentou Luís Martins.
O fogo foi muito complicado de apagar porque o estábulo estava cheio de palha e feno, como explicou o comandante dos bombeiros José Fernandes e responde às criticas da população e do proprietário do estábulo. “Posso dizer que estamos de consciência tranquila. Os bombeiros fizeram o que era humanamente possível. Actuamos com rapidez e eficácia. Lamento que haja críticas e que não venham ao local verificar a dificuldade e a impossibilidade de combater um fogo num estábulo com fardos de palha e de feno. É um trabalho muito difícil”, respondeu José Fernandes.
O alerta foi dado às 16h44m. O comandante garante que os meios saíram um minuto depois. No local estiveram 30 homens apoiados por 13 veículos.
Escrito por Brigantia