Ter, 20/09/2022 - 17:24
A Academia Portuguesa de Cinema votou por maioria a longa-metragem "Alma Viva", sendo que a aldeia transmontana também serviu de cenário para as filmagens.
A realizadora, Cristèle Alves Meira, com raízes familiares no concelho de Vimioso, está muito satisfeita com esta nomeação. "Estou mais do que satisfeita com esta nomeação. Estou muito orgulhosa e sinto-me preveligiada porque esta nomeação é muito especial. É um reconhecimento de uma parte da cultura portuguesa, que é o Portugal do interior, o Portugal de Trás-os-Montes, o Portugal da minha terra, que é a Junqueira, terra da minha mãe e da minha avó materna. Eu sinto que é também que é o reconhecimento das histórias da emigração. Eu sou filha de emigrantes e é incrível ser o meu filme a representar Portugal".
O filme, sobre laços familiares, emigração, misticismo e cultura transmontana, foi rodado na localidade da Junqueira, em Vimioso.
Esta longa-metragem estreou este ano, na Semana da Crítica, em paralelo ao Festival de Cannes.
Éster Catalão, de 74 anos, natural de Macedo de Cavaleiros, é uma das actrizes principais do filme e refere que este é um sonho tornado realidade. "Sempre sonhei ser artista. Sempre sonhei cantar o fado, fazer teatro, subir a um palco. Por acaso, num filme nunca tinha pensado mas foi muito bem-vindo. Foi uma experiência muito bonita. Fiz tudo com muito gosto e sinto-me feliz. Nunca contei com esta notícia. É mais que aquilo que esperava".
"Alma Viva" foi o mais votado entre os membros da academia para concorrer a uma nomeação para o Óscar de Melhor Filme Internacional, em 2023. A estreia nas salas de cinema, em Portugal, está marcada para o dia 3 de Novembro. Seis meses depois será transmitido na RTP.
O filme centra-se em Salomé, uma filha de emigrantes portugueses em França, que passa o Verão numa aldeia com a avó, com quem tem uma forte ligação afectiva e espiritual.
Escrito por Onda Livre (CIR)