Candidato do PCP à presidência da República defende luta pelos direitos dos trabalhadores à porta da Faurecia

Às portas da fábrica, o candidato explicou que a candidatura que apresenta defende, acima de tudo, os direitos dos trabalhadores como inerentes à democracia, algo que ali não é de todo o que acontece. “Esta é uma candidatura que assume como objectivo a necessidade de valorizar o trabalho e os trabalhadores, ir ao encontro do que diz a Constituição da República Portuguesa, de que deve haver a valorização do trabalho e dos trabalhadores, com reflexo na evolução dos salários, nos direitos que são garantidos, na protecção da saúde e da higiene no trabalho, definição de regras e de horários que permitam às pessoas compatibilizar a sua actividade profissional com a vida familiar, direitos ao lazer e descanso. Sabemos que no nosso país onde esta não é uma realidade, nomeadamente neste local”.

João Ferreira considera que a desigualdade entre o litoral e o interior se deve à falta de acção de sucessivos presidentes da república. O candidato considera que o combate às assimetrias não se faz com discursos e que é preciso travar a perda de gente nestes territórios. “Temos visto aumentar as desigualdades que percorrem o nosso território, o que é necessário é combater essas assimetrias mas isso não se faz só com discursos em dia e hora marcada. Tem faltado uma falta de acção, por parte de sucessivos governos e presidentes da república, que vão encontro do projecto que está inscrito na Constituição. Isso não tem sido feito e as regiões do interior têm pago um preço caro”.

O candidato frisou ainda que as potencialidades do distrito não estão a ser aproveitadas. “Estamos numa região que tem potencialidades tremendas, onde há centros de criação de conhecimento, mas falta ligar o conhecimento às actividades produtivas, incentivando também a indústria”.

João Ferreira é o candidato apoiado pelo PCP às eleições presidenciais, que acontecem em Janeiro. Na sexta-feira esteve reunido com associações de criadores de ovinos e caprinos, em Macedo de Cavaleiros, e esteve às portas da Faurecia, onde a administração da fábrica o tentou impedir de dar a conhecer a sua candidatura por estar a contactar com alguns trabalhadores. O candidato e a comitiva que o acompanhava foram ameaçados com a GNR mas ali permaneceram, conforme planeado.

Escrito por Brigantia