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Safari Club Internacional defende plano de gestão para aumentar o número de caça aos corços

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Qui, 08/11/2018 - 10:59


A caça ao corço pode vir a ser praticada em toda a Serra de Bornes. 

Pelo menos essa é a vontade do Safari Club Internacional, a maior organização mundial de caçadores, que está disposta a financiar o desenvolvimento de um plano global de gestão para que, em colaboração com a Universidade de Aveiro, seja determinado o número de espécies que podem ser caçadas, de forma sustentável, nos cerca de 14 mil hectares da serra, como explica Rui Sequeira, do Safari Club Internacional: “os Planos Globais de Gestão existem para permitir criar as bases para gestão de uma espécie única numa determinada zona de caça. Sabemos que há necessidade de promover a actividade cinegética ao corço. Neste momento, ainda estamos numa fase de auscultação das zonas de caça para saber se há interesse em desenvolver este plano. Se for essa a intenção, avançamos com o plano que vai permitir que esta forma de caça esta seja complementar a outras que já existem.”

Uma actividade cinegética que pode constituir uma mais-valia para região a vários níveis, acrescenta Rui Sequeira: “queremos que a Serra de Bornes, e consequentemente os concelhos de Macedo de Cavaleiros e Alfândega da Fé, venham a ser uma referência no panorama cinegético nacional através da caça ao corço, e há vantagens que daí advêm tal como no sector da restauração e hotelaria. O objectivo é que se alguém quiser caçar este tipo de animal, saiba que esta é a melhor zona para o fazer.”

Desde 2015 que cerca de 1200 hectares da Serra de Bornes já são explorados para a caça ao corço pela Associação de Caçadores de Grijó e Vilar do Monte no concelho de Macedo de Cavaleiros. Um abate que é feito em função do número de efectivos desses animais que anualmente são contabilizados naquela área, como explica Raul Fernandes, presidente dessa associação de caçadores:“em 2015 fizemos o estudo sobre a avaliação quantitativa dos animais. Foi um trabalho feito por uma aluna espanhola da universidade de Vila Real que permitiu a obtenção da autorização para caçar corços nesta zona de caça. Definimos na época venatória 2015/2016 caçar um corço, a seguir dois e no ano passado caçámos três, quantidade essa que mantemos até agora. Estamos a fazer uma avaliação ao longo dos anos para saber qual é o comportamento da população. Se esta vier a aumentar, para o ano iremos alargar a caça para quatro corços.” 

No próximo dia 23 de Novembro, o Safari Club e as demais entidades envolvidas vão estar no Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros para uma sessão aberta a toda a população, na qual, além de clarificar os objectivos deste plano, vão-se determinar as zonas interessadas na caça ao corço, tanto nos concelhos de Macedo como de Alfândega da Fé. Se houver interesse, o plano avançará de imediato, para que a caça ao corço em toda a extensão da Serra de Bornes comece a ser praticada a partir de 2020. 

Escrito por Rádio onda Livre (CIR)